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15/07/2022 às 15:51 | Atualizada: 15/07/2022 às 16:04

Fávaro afirma que Mendes o jogou para escanteio e não descarta disputar o Governo

Kamila Arruda

O senador Carlos Fávaro (PSD) afirma que foi “escanteado” pelo governador Mauro Mendes (União) e não descarta a possibilidade de disputar a eleição ao Governo do Estado neste ano.

O congressista pondera que a vontade dele era terminar o seu mandato no Senado Federal, mas admite o nome dele pode representar o grupo de esquerda na corrida pelo comando do Palácio Paiaguás.

“Eu venho cumprindo meu mandato como senador com muita dedicação, colhendo frutos e trazendo resultados. Trouxe muito recursos para melhoria da qualidade de vida da população de Mato Grosso. Então, eu gostaria, de forma particular e pessoal, continuar cumprimento meu mandato como senador da República. Agora, não dá para negar que o desafio de poder ser governador de Mato Grosso, todo político que se engaje e ame esse estado, tem que ter essa vontade. Então, se for da vontade de Deus, eu posso ser candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso”, disse em entrevista à TV Vila Real, nesta sexta-feira (15).

Ele cita, inclusive, que teria o apoio do ex-ministro Blairo Maggi (PP), caso bata o martelo quanto à participação no pleito majoritário deste ano.

“Essa é uma pergunta que tinha que fazer para ele. Mas eu sei de um fato que o Blairo desse a interlocutores: ‘ele não é candidato a governador porque ele não está querendo, porque apoiadores ele tem bastante”, mencionou.

Com relação à saída da base de Mendes, Fávaro afirma que ele e seu grupo político foram preteridos dentro do arco de alianças pelo próprio chefe do Executivo estadual.

De acordo com o parlamentar, isso se deu por conta da aproximação do senador Wellington Fagundes (PL) e, consequentemente, do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O social-democrata conta que Mendes sempre incentivou o deputado federal Neri Geller a construir candidatura ao Senado, mas mudou de postura com a entrada de Bolsonaro e aliados no Estado.

“Nós começamos a construir a candidatura de Neri Geller ao Senado com a acrescência, com o apoio do governador. Claro que em nenhum momento ele aferiu que o Neri seria o candidato de sua chapa, mas sempre nos incentivou e nos apoiou. Por isso, o Neri abriu mão de construir uma chapa de deputado federal para sua reeleição. Em determinando momento, as coisas politicas mudaram, e ele escanteou a gente, colocou a gente para fora do seu grupo político, caminhando para outro rumo. Mas eu respeito, faz parte da democracia, é uma acomodação política”, completou.
 
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