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16/07/2022 às 10:02 | Atualizada: 16/07/2022 às 11:37

'Japão' morreu de choque hemorrágico, decorrente de dois dos três tiros efetuados por Paccola

Angélica Callejas e Marina Martins

O agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, morto no dia 1º de julho pelo vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), veio a óbito por choque hipovolêmico hemorrágico, decorrente de dois dos três tiros que o atingiram pelas costas. Isso foi o que confirmou o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), ao qual o Leiagora teve acesso.

Hipovolemia corresponde à perda excessiva de substâncias fundamentais do organismo. No caso de Alexandre, foi a perda de sangue. Além disso, o servidor público também teve derrame pleural hemorrágico (acúmulo anormal de líquido) na cavidade torácica tanto esquerda quanto direita, resultantes de dois tiros que atravessaram os pulmões, diafragma, pericárdio, átrio, fígado e clavícula. 

Pericárdio e átrio são dois elementos de composição do coração, sendo que o primeiro corresponde à membrana que protege o órgão, e o segundo é uma cavidade no coração que recebe sangue, através de três veias, de vários locais do corpo, menos do pulmão.

Conforme o laudo, o projétil denominado “E2”, que atingiu Alexandre no meio das costas, teria fraturado a clavícula da vítima e perfurado uma veia no local, assim como o pulmão esquerdo, “causando sangramento maciço para dentro da cavidade torácica esquerda”.

Já o projétil intitulado “E3”, localizado no lado direito das costas de Miyagawa, teria causado as duas perfurações no diafragma direito, uma perfuração no pericárdio e átrio, e outra no fígado.

“Os projéteis denominados 02 e 03, tiveram entrada também no dorso, sentido póstero-anterior e ascendente, com ligeira inclinação da direita para esquerda. Esses ferimentos descritos lesionaram a veia subclávia esquerda, o lobo superior do pulmão esquerdo, diafragma, fígado, lobo inferior e médio do pulmão direito, pericárdio e átrio direito. E, em conjunto levaram a perda sanguínea maciça à cavidade torácica, causando choque hipovolêmico hemorrágico, causa direta e objetiva do óbito”, confirma trecho do laudo.

 
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