Janaina reconhece força de Fávaro, mas avalia que projeto de esquerda teria resistência no Norte
Da Redação - Débora Siqueira / Reportagem Local - Jardel P. Arruda
Após reconhecer a lição aprendida de que não se pode subestimar disputa eleitoral, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) diz que dá tempo, sim, de construir uma candidatura adversária à reeleição do governador Mauro Mendes (União). Contudo, avalia que cum projeto à esquerda encontraria muita dificuldade no estado, principalmente no Norte de Mato Grosso.
O comentário da deputada é com relação à possível candidatura do senador Carlos Fávaro (PSD) ao Palácio Paiaguás, que passou a ser cogitada semanas atrás e vem ganhando força com a Federação Brasil da Esperança (PV, PT, PCdoB). Com base eleitoral em Lucas do Rio Verde, o senador teria dificuldades de converter os eleitores bolsonaristas do Nortão em votantes do PT.
“Olhando pelas regiões, acho difícil um projeto da esquerda surgir do Norte. Isso, analisando as pesquisas, analisando tudo. Fávaro tem sua força, tem a sua representatividade, mas acho que está muito fora do que a região representa como indicação de voto a presidente. Talvez num outro contexto, mas nesse contexto acho muito difícil”, avaliou.
Mas mesmo às pressas, ela disse que é possível o surgimento de um grupo alternativo, que seja competitivo e possa dar trabalho ao governador Mauro Mendes, que até o momento segue sem adversários.
“Eu achava no passado que o Emanuel [Pinheiro], que caminhava sozinho até os 45 do segundo tempo, não teria, e teve. Essa é uma lição que eu aprendi, por isso é importante a coesão do grupo, estar unido e preparado para uma disputa eleitoral. Nenhuma eleição é um passeio, não existe isso na política, de anunciar a vitória antes do tempo ou querer ganhar por WO. Acho que teremos adversários, sim, e o desafio do grupo é superá-los”.
Quanto ao afastamento entre Fávaro e Mauro Mendes, a deputada diz que não considera traição, pelo menos para ela, que olha a situação de fora. Na avaliação de Janaina, quem deve achar se foi ou não traição são Mauro e Fávaro.
“Olhando de fora a gente acha faz parte do jogo, faz parte da política e cada um deve procurar o melhor caminho para si. O próprio governador disse isso e o Fávaro acha que o melhor cenário para ele é não aqui com o grupo, e o grupo entende e respeita, por isso não acho que houve traição”.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
