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26/07/2022 às 07:42 | Atualizada: 26/07/2022 às 07:52

Medeiros deve pedir suspeição de Edson Fachin de ações que envolvam Lula no TSE

Paulo Henrique Fanaia

Após protocolar ofício pedindo a suspeição do ministro Alexandre de Moraes, o deputado federal José Medeiros (PL) planeja realizar em breve um novo pedido de suspeição, desta vez do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin. De acordo com o parlamentar, Fachin 'é um militante da esquerda que apoia o ex-presidente Lula (PT)' e não teria condições de julgar qualquer tipo de ação em que o petista venha a ser parte sem demonstrar imparcialidade.
 
A declaração foi feita na manhã desta segunda-feira (25) em entrevista concedida ao Leiagora. Ao comentar o pedido de suspeição feito em desfavor de Alexandre de Moraes, Medeiros alega que os magistrados membro do TSE são amigos íntimos de Lula e Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa do petista.
 
“Imagina você julgar um caso em que uma das partes é seu amigo, de frequentar sua casa, de vocês tomarem vinho juntos. Essa é a relação entre Alexandre de Moraes e Alckmin. Ao meu ver, ele não reúne as condições necessárias, quais sejam: isenção e imparcialidade pra poder julgar a chapa. Outro que a meu ver não está apto a julgar aquela chapa é o Fachin. Por tudo que já mostrou, pela militância que teve, pelo julgamento do Lula. Um país que queira se prestar uma imagem séria, não deveria ter ele julgando”, afirma o parlamentar.
 
Medeiros afirma que não teve medo ou receio de fazer o pedido de suspeição de Moares na semana passada e que foi motivado por um sentimento de insegurança jurídica que paira sobre o Parlamento brasileiro. Para o parlamentar, Moraes e Fachin utilizam justificativas frágeis para condenar e perseguir pessoas que o criticam.
 
“Todo mundo já dorme sabendo que na manhã seguinte pode ser que sua porta seja arrombada por qualquer coisa que algum daqueles ministros entenda, porque não tem mais lei que eles cumpram. Antigamente você dormia tranquilo porque tinha uma constituição, um código penal e um código de processo civil e, se estivesse dentro da lei, você tinha essa segurança jurídica. Hoje isso não existe no Brasil. Se o Alexandre de Moraes achar que deve prender eu ou você ele vem e prende com base em ‘atentado ao estado democrático de direito’. O que é isso? Pode ser qualquer coisa”, afirma Medeiros.
 
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