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01/08/2022 às 11:09 | Atualizada: 01/08/2022 às 11:10

Mendes afirma que Bolsonaro não influenciará na decisão de palanque aberto

Kamila Arruda

O governador Mauro Mendes (União) garante que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não influenciará na decisão de manter ou não o palanque aberto no que diz respeito a eleição ao Senado. O chefe do Executivo estadual garante que essa decisão, de ter ou não mais de um postulante à senatória no palanque, será tomada ouvindo os partidos da base aliada.

“Não conversei com ele sobre isso, mas o presidente tem que se preocupar com a eleição de presidente. A eleição de Mato Grosso nós aqui cuidamos, fazemos. Não tem problema nós dialogarmos com o presidente ou com outras lideranças, mas essas definições são tomadas no âmbito de Mato Grosso”, enfatizou em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (1º), durante visita do ministro de Infraestrutura, Marcelo Sampaio, a Barra do Garças.

Por outro lado, Mauro admite que o senador Wellington Fagundes (PL), que irá disputar a reeleição neste ano, está trabalhando no sentido de garantir uma aliança fechada entre União Brasil e Partido Liberal (PL).

“É natural que ele seja contra o palanque aberto. Todo mundo na política e na vida quer construir aquilo que é melhor para você. Então, ele está correto. Ele defende com os argumentos dele”, disse.

Apesar disso, Mendes garante que ainda não tomou nenhuma decisão sobre o tema. Comenta que deveria ter fechado a questão na semana passada, mas precisou que me ausentar em razão de complicações no quadro de saúde da primeira-dama, Virginia Mendes.

"Mas nessa semana vamos retomar essa conversa, porque alguns partidos defendem isso. O PSB e o MDB defendem isso, e senador Wellington Fagundes defende diferente. Essa semana vamos ter que encontrar um denominador comum para encontrar uma decisão”, pontuou.

Questionado sobre a possibilidade de bater o martelo sobre isso na quarta-feira (3), durante reunião dos prefeitos de Mato Grosso com o presidente, ele nega. “Esse selamento vai ser feito aqui em Mato Grosso. Isso não é um assunto para ser resolvido em Brasília. Brasília resolve os problemas de Brasília e Mato Grosso resolve os problemas de Mato Grosso”, finalizou.

Além de Fagundes, o grupo de Mendes possui a empresária Natahasha Slhessarenko (PSB) como pré-candidata ao Senado Federal. Além disso, O MDB e o PSD, que integram o arco de alianças do governador, ainda têm esperanças de atrair novamente para o grupo o deputado federal Neri Geller (PP), que se aliou à Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) e ao grupo de esquerda para viabilizar o projeto à senatoria.

Já o senador quer uma aliança fechada entre o PL e União a fim de reforçar o projeto de reeleição, e ainda garantir palanque único para Bolsonaro no Estado.

Caso Mendes abra o palanque, o atual presidente poderá ter que dividir o palanque em Mato Grosso com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
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