GPS com coordenadas de pavilhão da PCE foi encontrado em casa onde túnel era construído
Denise Soares
Um aparelho GPS com coordenadas de um pavilhão da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foi encontrado na casa onde um túnel de 30 metros de extensão era construído em direção à unidade, no bairro Jardim Industriário.
O plano já havia custado mais de R$ 500 mil aos ‘investidores’. A casa estava cheia de sacos de areia. Alguns dos suspeitos vieram do Piauí e tinham experiência em atividades garimpeiras.
Os nove adultos passaram por audiência de custódia na quarta-feira (14). Na decisão, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra frisou a gravidade do crime dos envolvidos e decidiu manter converter a prisão em flagrante para preventiva.
Veja os nomes dos presos:
Ednei Jaime de Sousa Laurindo
Alan Kenedi Alves de Souza Barbosa
Carlos Alberto Rodrigues da Silva
Domingos Alves da Silva
Dionisia de Jesus Rodrigues
Antonio de Sousa
Joab de Jesus
Douglas Soares de Souza
Andre de Araujo Sousa
Para a Justiça, fica claro que o plano tinha a intenção de resgatar presos de uma grande facção criminosa que estão na PCE.
“Frise-se que na residência em que foram detidos havia diversos equipamentos para utilização na escavação, tais como cisternas, picaretas, fitas métricas, bombas d’água, lanterna e um GPS, segundo a autoridade policial, com as coordenadas da Penitenciária Central do Estado”, detalhou o magistrado.
Eles trabalhavam sem sair da casa. Para isso, estocavam água e alimentos suficientes para ficarem no imóvel. Uma adolescente e uma adulta administravam a casa e cuidavam da alimentação e necessidades dos ‘trabalhadores’.
“Todo o estratagema revelado demonstram a ousadia, capacidade de articulação do grupo criminoso e a periculosidade real de seus membros, que objetivavam colocar nas ruas detentos faccionados regularmente segregados pela justiça, evidenciando o risco concreto à ordem pública, pois acaso atingissem o intento delituoso, romperiam a paz social com a reinserção na sociedade de indivíduos com no potencial ofensivo elevadíssimo”, alertou.
Alguns dos presos alegaram que são do Nordeste e que foram contratados por uma pessoa para trabalharem em garimpos. Alegaram que somente souberam do túnel quando chegaram na capital.
A PCE abriga cerca de 2,4 mil presos considerados perigosos e integrantes de facções, inclusive as lideranças desses grupos.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.