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16/09/2022 às 17:23 | Atualizada: 16/09/2022 às 17:50

Tios que torturaram, estupraram e mataram sobrinha de 2 anos são condenados a 116 anos de prisão

Katiana Pereira

Na noite de quinta-feira (15), o Tribunal do Júri em Poconé (104 km de Cuiabá), conduzido pela juíza Kátia Rodrigues Oliveira, condenou o casal Aneuza Pinto Ponoceno e Francisco Lopes da Silva, a cumprir 58 anos, sete meses e 20 dias de reclusão em regime fechado, cada um deles, o que na soma chega-se a 116 anos. Eles foram julgados pelos crimes cometidos contra a sobrinha do casal, uma criança de apenas dois anos de idade, que foi torturada, estuprada e acabou falecendo. 

Maria Vitória Lopes dos Santos, morava com os tios, que tinham a guarda provisória da menor. A criança morreu vítima de maus-tratos após ser levada, no dia 5 de novembro de 2021, em estado gravíssimo para o pronto-socorro Municipal de Várzea Grande. O crime brutal chocou a população. 

O julgamento, que durou mais de 16 horas e foi detalhado todo o sofrimento a que a criança foi submetida. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, os suspeitos chegavam a deixar de dar alimentação para a menina de apenas dois anos, que era submetida a andar nua e dançar para conseguir comer.

A acusação sustentou ainda que Maria Vitória ainda era agredida de forma física, além de também ter sido estuprada. A menor foi levada até o pronto-socorro pela tia. A mulher disse que encontrou a menina desacordada, caída ao lado da cama. Por volta das 6h30, ela deu banho na criança e a levou para unidade, onde a menor precisou ser entubada. Na unidade de Saúde, os profissionais acionaram a polícia. 

O  laudo dos médicos foi apresentado ao Tribunal do Júri. De acordo com o laudo da unidade de saúde, a vítima apresentava várias lesões compatíveis com maus-tratos e fraturas cranianas, e não com uma queda, conforme relatado pelos parentes da criança. O diagnóstico médico apontou, além das lesões por maus-tratos e traumatismo craniano, abuso sexual e suspeita de morte encefálica. 

Aneuza e Francisco aguardavam julgamento presos e voltaram às unidades prisionais, para cumprimento de pena, que será em regime fechado.
 
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