Imprimir

Imprimir Notícia

27/09/2022 às 12:55 | Atualizada: 27/09/2022 às 14:41

Paccola aponta vícios em processo de cassação e avisa que vai recorrer na Justiça

Alline Marques

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) já avisou que irá recorreu ao Judiciário, caso seja cassado nesta quarta-feira (28), data que está prevista a votação do relatório final da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara de Cuiabá.

Ele afirma que o processo disciplinar instaurado na Casa de Leis possui vários vícios, e aposta em uma vitória na Justiça, caso seja necessário acioná-la. “Independentemente do resultado, nós temos diversos pontos de nulidade para anular esse processo”, disse o parlamentar na tribuna do Legislativo Cuiabano, durante sessão ordinária desta terça-feira (27).

O relatório pede a cassação de Paccola por quebra de decoro parlamentar. Isto porque, Paccola matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, com três tiros nas costas, em 1º de julho deste ano.

Para Paccola, o fato não tem nada a ver com sua atuação parlamentar e, por isso, não se enquadraria em quebra de decoro. “Diante de uma circunstância, que nada tem a ver com a atividade parlamentar, na qual claramente se tem no Regimento Interno, especificado, o que é decoro parlamentar, que são infrações ou atos relacionados à atividade parlamentar, busca-se, de alguma forma, retirar o mandato. E não é o mandato do vereador tenente-coronel Paccola, é o mandato de alguém que enfrenta a corrupção dentro de Cuiabá”, completou o vereador.

O vereador, que também disputa a eleição para deputado estadual, ainda faz questão de frisar que, caso seja cassado, sua campanha rumo à Assembleia Legislativa seguirá normalmente. “Independentemente do resultado que nós teremos com relação à cassação, não retroage em efeitos para que me torne inelegível. A candidatura já está deferida. Caso aconteça, ela só vai ter seus efeitos a partir de 2024, para as próximas eleições. Nós estamos aqui mais fortes do que nunca, e com mais vontade do que nunca de fazer o que é a minha missão aqui dentro, que é combater a corrupção”, finalizou.
 
 Imprimir