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17/10/2022 às 12:05 | Atualizada: 17/10/2022 às 12:28

‘Viúva de Toni Flor é extremamente fria e perigosa’, diz delegado

Denise Soares

"Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento". O famoso ditado popular encaixa-se perfeitamente no comportamento da viúva Ana Cláudia Flor, acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o empresário Toni Flor, em agosto de 2020, em Cuiabá.

Ela enfrenta júri popular nesta segunda-feira (17) pela 1ª Vara Criminal.

O delegado responsável pela investigação do crime, Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu que o interesse de Ana Cláudia nos bens de Toni motivou o assassinato.

O relacionamento era conturbado e marcado por traições de ambos. Toni foi morto após pedir separação de Ana Cláudia. Ele foi baleado na porta de uma academia e morreu dois dias depois.

“Com o marido internado, ela foi para a delegacia e cria uma cortina de fumaça dizendo que Toni foi confundido com um policial rodoviário. No dia em que Igor foi preso ela disse que iria contratar um pistoleiro para matar Igor na delegacia. Parecia que contratar um pistoleiro seria algo comum na vida dela”, disse o delegado.

Com a morte de Toni, a viúva começou a ser monitorada nas ligações e mensagens. A polícia descobriu o plano em que ela decidiu contratar três pessoas para matar o marido no valor de R$ 60 mil.

Toni foi casado com ela por 15 anos e deixou três filhas de 4, 8 e 9 anos. As meninas estão com a avó materna.

 

Delegado Marcel Gomes foi ouvido no júri

“Ela fez carreata da saudade, fez várias camisetas pedindo justiça. Ela não queria justiça, queria informações privilegiadas para obter informações sobre o que o Igor havia falado à polícia”, recordou o delegado.

No dia em que Igor foi preso, Ana Cláudia ‘acampou’ na porta da delegacia. O semblante dela era de nervosismo, desespero e angústia.

“No outro dia ela deu uma entrevista para uma televisão. Ela dizia que estava se sentindo aliviada e grata pois a justiça estava sendo feita. Entre o que ela almejava e o que ela falava para a sociedade e para a mídia, eram coisas totalmente destoantes”, criticou Marcel.

Depois da morte de Toni, a viúva começou a se desfazer dos bens do marido. Ana Cláudia fez viagens para o Rio de Janeiro e vendeu alguns bens.

“Você fica incrédulo. Ela chorou lágrimas de crocodilo, fez carreatas, pediu justiça. Ao ser descoberta, não demonstrou arrependimento. Foi uma frieza durante a prisão. É uma pessoa extremamente fria e perigosa”, finalizou o delegado.
 
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