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24/10/2022 às 15:06

Para coibir garimpo, Força Nacional permanecerá por mais 90 dias em terra indígena de MT

Alline Marques

A Força Nacional de Segurança Pública deverá permanecer na Terra Indígena Sararé, por mais 90 dias, devendo dar apoio à Fundação Nacional do Índio (Funai) até 21 de janeiro. A portaria que prorroga a permanência da Força Nacional foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24)

De acordo com o documento, as forças armadas deverão atuar nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e de proteção às pessoas e ao patrimônio, no período de 24 de outubro de 2022 a 21 de janeiro de 2023.

A Força Nacional foi enviada para a região desde dezembro de 2021 com o objetivo de coibir o avanço do garimpo na região. O local é um alvo conhecido de garimpeiros que invadem a terra indígena e exploram ilegalmente a área, causando desmatamento. 

Desde 2020, a região tem sido alvo constante de operações que visam a desocupação da área atingida por garimpeiros, bem como apreensão de maquinários e utensílios que são utilizados na atividade de garimpagem ilegal. 

A Operação Alfeu já está na 6ª edição e a última ocorreu em julho deste ano. Concomitantemente, o Exército Brasileiro atua em conjunto com a Polícia Federal, Funai e Força Nacional na Terra Indígena Sararé, localizada entre os municípios de Conquista D’Oeste/MT, Nova Lacerda/MT, Pontes e Lacerda/MT e Vila Bela da Santíssima Trindade/MT.

O problema é que mesmo após as operações, os garimpeiros voltam a atuar na região. Portanto, a Força Nacional visa dar segurança aos servidores, mas também intimidar as ações dos exploradores.

A TI Sararé tem mais de 67 mil hectares e mais de 131 mil km de períometro. É ocupada pela etinia Nambikwára e fica nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda e Conquista D’Oeste.
 
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