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25/10/2022 às 08:00

Desembargador condena ataque de Roberto Jefferson à ministra do TSE e diz que ordem judicial deve ser cumprida

Paulo Henrique Fanaia

O desembargador Juvenal Pereira da Silva, eleito corregedor geral de justiça para o biênio 2023/2024, condenou os ataques feitos pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carmem Lúcia. Segundo o magistrado, a sociedade não pode admitir ataques de qualquer natureza sem motivo justo, inclusive a decisão de uma ministra de uma corte superior.
 
“Como disse a iminente desembargadora Clarice Claudino, ‘decisões tem que ser cumpridas’. Aquelas transitadas em julgada devem ser cumpridas. Se competir recurso, deve ser recorrida”, afirmou o desembargador durante coletiva de imprensa no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso na manhã desta segunda-feira (24).
 
Em um vídeo divulgado nas redes sociais na última sexta-feira (21), Roberto Jefferson xingou a ministra Carmem Lúcia após ela ter votado favoravelmente à decisão de punição de uma emissora de rádio e televisão por ter transmitido notícias falsas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência no pleito eleitoral deste ano.
 
No vídeo de pouco mais de um minuto, Jefferson xinga a magistrada de “bruxa” e a chega a comparar a uma “prostituta”. Com a divulgação do vídeo, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o político descumpriu ordem judicial de se manter afastado das redes sociais e emitiu um mandado de prisão contra ele, que foi cumprido na tarde desse domingo (23) após muita confusão, troca de tiros de fuzil e ataques de granada de efeito moral feitos pelo petebista contra a Polícia Federal (PF), que o prendeu em sua casa no município de Levy Gasparian (RJ).
 
Para comentar a situação em se encontra o político, Juvenal Pereira recorre a um trecho da bíblia e diz que o momento é de “separar o joio do trigo” e que a imprensa e o judiciário irão apresentar à sociedade a real apuração dos fatos.
 
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