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24/10/2022 às 16:15

‘Extremos são danosos e prejudiciais’, diz nova presidente do Tribunal de Justiça

Da Redação - Denise Soares / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Qualquer posicionamento político extremo é danoso e prejudicial. É o que conclui a desembargadora Clarice Claudino da Silva, eleita para presidir o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) no biênio 2023/2024.
 
A declaração foi feita a jornalistas nesta segunda-feira (24) diante de perguntas relacionadas ao episódio do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que nesse domingo (23) atacou com fuzil e granadas agentes da Polícia Federal, e também a grupos que questionam decisões judiciais que envolvam a política nacional.
 
“Foi um episódio lamentável, não é possível tolerar. Eu reputo que foi um desvario, um exemplo a não ser seguido. Isso é extremismo, não é democracia”, criticou.
 
Para Clarice, a crítica é sempre saudável e faz parte do processo democrático. No entanto, precisa ter base na realidade e não na insubordinação.

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“Todos os extremos são danosos e prejudiciais. Eu não advogo em nenhuma causa que não seja o equilíbrio. Temos que ter responsabilidade sobre aquilo que falamos”, analisou.
 
A nova presidente lembrou da proximidade do segundo turno, no domingo (30), e pediu que não haja extremismos.
 
“A gente pode fazer com que muitas pessoas pensem de forma positiva ou simplesmente atear fogo onde já há combustível. A sociedade não ganha com fakenews e insubordinações”, criticou.
 
Mulher no Tribunal
 
Clarice é a terceira mulher a ser presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ela comemorou o fato e agradeceu à antecessora, desembargadora Maria Helena Póvoas.
 
“As mulheres estão se fortalecendo para assumir aquele papel que sempre foi delas e que, por vezes, pela própria educação e formação, tínhamos sim resistência internas e externas, além de dificuldades no mercado”, finalizou.
 
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