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02/11/2022 às 10:10 | Atualizada: 03/11/2022 às 13:59

Manifesto questiona resultado das urnas e pede nova eleição com voto impresso auditável

Leiagora

Irresignados com o resultado da eleição presidencial, que no domingo (30) elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como o próximo presidente do Brasil, um manifesto foi escrito para concentrar as reivindicações daqueles que ocupam rodovias de todo o país. Dentre elas, que seja declarado nulo o processo eleitoral para o cargo de presidente da República, e que uma nova eleição seja realizada com voto impresso auditável, bem como a imediata leitura e submissão dos pedidos de impeachment de ministros do STF à votação pelo Senado.

Intitulado de “Manifesto público brasileiro em defesa da justiça e da democracia”, a declaração afirma que os manifestantes não são “fascistas, vagabundos, golpistas ou antidemocráticos”. Ao contrário disso, atestam que são “trabalhadores, pais de família, patriotas e defensores da justiça, liberdade e da democracia”.

O manifesto, que circula nas redes sociais, expõe a perda de confiança no sistema vigente de proteção da Constituição, razão pela qual apontam a existência de “vício no processo eleitoral” encerrado no domingo. Por isso, optaram por tomar as ruas e clamar por justiça.

“Temos a clara convicção de que fomos traídos por um processo eleitoral totalmente viciado, com inúmeras irregularidades, praticadas por uma evidente juristocracia (Sistema de governo, normalmente não democrático, baseado em decisões de juízes, magistrados, desembargadores, etc.), sem nenhum compromisso com a verdade e com a constituição, que interferiu de forma descabida, desproporcional e injusta no princípio de igualdade de oportunidades na competição eleitoral do pleito presidencial”, diz trecho do manifesto.

Tais irregularidades, segundo a declaração, foram observadas ao longo de toda a campanha eleitoral e tiveram a intenção de prejudicar o candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL), “o qual tem sofrido, desde sua primeira campanha presidencial ataques de todo o sistema, inclusive da juristocracia estabelecida”.

O manifesto cita que nos últimos meses, vários apoiadores de Bolsonaro tiveram tolhida a sua liberdade de opinião e de expressão, por meio de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao defenderem ideias e ideais de liberdade, patriotismo e conservadorismo.

Manifestantes entendem que a interferência do Judiciário prejudicou a autonomia de Bolsonaro em governar o país, afetando a condução de seu mandato.

Apontam, ainda, que houve censura na divulgação de notícias desfavorável ao candidato da oposição, bem como às declarações de ex-ministro do STF cujas palavras eram de apoio a Jair Bolsonaro. “[...] mas deram voz a outros ex-ministros que de forma curiosa, mesmo após votos de condenação e repúdio sobre as práticas da cleptocracia do PT e de Lula – apoiavam Lula”.

Em sequência, denominam de “inquérito do fim do mundo” o inquérito das fake news, que também é classificado como “ativismo judicial”.

O manifesto critica a forma com o TSE tratou a denúncia de fraude eleitoral no Nordeste do país, região na qual Bolsonaro perdeu as eleições, e resgata a “desproporcionalidade na veiculação de sua publicidade nas milhares de rádios regionais”.

“Diante dessas injustas e inquestionáveis interferências no processo eleitoral, praticada pelas cortes já citadas, a qual acreditamos que teve o evidente propósito de beneficiar o candidato eleito, é que denunciamos o vício no processo eleitoral e, clamando por justiça, pelo exercício integral dos nossos direitos políticos e exercendo nossa, ainda constitucional e sagrada, liberdade de expressão reivindicamos o reconhecimento e declaração de nulidade do processo eleitoral para o cargo de Presidente da República, buscando por nova eleição com voto impresso auditável”, segue o manifesto.

Leia aqui o manifesto na íntegra.
 
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