05/12/2022 às 11:17
Kamila Arruda
Após romper com o Progressistas (PP), em Mato Grosso, para apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) no pleito deste ano, a suplente de senadora Margareth Buzetti (PP) estuda a possibilidade de se filiar no Partido Social Democrático (PSD), que também faz oposição ao atual chefe da República.
A empresária tem buscado se afastar do presidente derrotado a fim de garantir sua cadeira no Senado Federal. Isso porque, o titular da vaga, senador Carlos Fávaro (PSD) está sendo cotado para assumir o comando do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no próximo ano, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Buzetti foi convidada para se filiar ao PSD pelo presidente nacional, Gilberto Kassab. "Eu encontrei informalmente em São Paulo o [Gilberto] Kassab, que fez o convite e estou avaliando", disse.
A articulação de Kassab para atrair a empresária seria uma forma de “amarrá-la”, para garantir com que Fávaro assuma o Ministério de forma tranquila.
Na campanha deste ano, Buzetti foi contra a sua agremiação e declarou apoio à reeleição de Bolsonaro. Além disso, ela ainda trabalhou em prol de candidaturas contrárias a de sua legenda, como a reeleição do governador Mauro Mendes (União) e do senador Wellington Fagundes (PL).
O Progressistas apoiou a candidatura da primeira-dama Marcia Pinheiro (PV) ao governo do Estado, e o projeto de Neri Geller (PP) ao Senado Federal.
Com relação a isso, Buzetti afirma que foi uma escolha pessoal, mas garante que, caso fique na vaga de Fávaro no Senado, não fará oposição a Lula. “Eu, na época, fiz uma opção no momento que eu achava que era o melhor. Mas você não pode ser oposição por oposição a nenhum governo. Você tem que ser responsável. Se o projeto é bom, por que votar contra? Eu voto em projetos e não em pessoas e partidos”, disse.