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29/12/2022 às 07:50 | Atualizada: 29/12/2022 às 07:50

Oposição ao prefeito sofre dura derrota com aprovação da taxa de lixo em Cuiabá

Paulo Henrique Fanaia

Com a aprovação da mensagem do Executivo Municipal que institui a criação da taxa de lixo e de esgoto na Capital, os vereadores da oposição sofreram uma dura derrota durante a sessão extraordinária que aconteceu na Câmara de Vereadores de Cuiabá nessa quarta-feira.

Isso, porque conversas de bastidores tinham quase como certo de que a base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não tinha votos suficientes para aprovar a matéria. Para Michelly Alencar, as articulações da base deram certo.
 
“Desde ontem (27) estamos aqui sendo espectadores de uma grande articulação nessa Casa. Ontem estivemos aqui aguardando mais de 2h o início de uma sessão extraordinária que não aconteceu porque eles [vereadores da base do prefeito] estavam reunidos na Presidência, acredito que negociando votos atrás de votos. Hoje foi mais de 2h de atraso da nossa sessão e acabamos de ver essa aprovação que, com certeza, a população vai sofrer um impacto”, disse a vereadora.
 
Com 14 votos favoráveis e oito contrários, os vereadores aprovaram a criação da taxa do lixo, que entrará em vigor já no próximo ano. Após a aprovação os parlamentares colocaram em votação as emendas apresentadas ao Projeto de Lei. Ao todo, quatro emendas foram aprovadas, e dentre elas a que define os valores a serem cobrados da população.

Este tema foi tratado na Emenda 364/2022, que estabelece que aos imóveis edificados em que o lixo domiciliar é coletado três vezes por semana, a taxa de coleta será de R$ 10,60 ao mês e, aos que são coletados seis vezes por semana, será cobrada uma tarifa no valor de R$ 21,20.O placar da votação foi 14 votos favoráveis, oito contra e duas.
 
O tema foi discutido durante quase o segundo semestre inteiro de 2022, porém sua votação aconteceu somente agora, na última semana do ano, sob críticas de diversos vereadores que alegavam que a base do prefeito Emanuel Pinheiro estaria articulando conseguir a aprovação do projeto em uma época em que a população não está tão por dentro dos assuntos da política, haja vista as festas de fim de ano.
 
O projeto era para ser votado na sessão dessa terça-feira (27) no período vespertino, porém a pauta foi substituída por outra que elencava aumento de salários para os vereadores. Pauta que acabou sendo adiada também para essa quarta, pois no Plenário estavam presentes apenas os vereadores da oposição. A base estava reunida a portas fechadas durante o horário da sessão que foi cancelada.
 
Michelly que sempre foi critica à base do prefeito, diz que as coisas na Câmara acontecem e mudam de maneira muito rápida, ficando difícil acompanhar todas as articulações que ali ocorrem, dando até um sentimento de luta inglória.
 
“É triste ver vereadores que não conseguem defender legitimamente um projeto e atacam outros vereadores que tem posicionamento contrário. Deu certo as articulações, eles conseguiram aprovar esse projeto e mais uma vez estamos aqui. De fato, eu as vezes penso que nossa luta é inglória, mas ao mesmo tempo penso que a população precisa ter os vereadores que os representam”, finalizou Michelly Alencar.
 
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