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04/01/2023 às 10:13

Dilemário deve protocolar novo pedido de afastamento de Emanuel após colapso na saúde

Alline Marques

Um novo pedido de afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deverá ser protocolado na Câmara de Cuiabá. Desta vez quem lidera o movimento é o vereador Dilemário Alencar (Podemos), que ainda estuda se ele poderá já dar início ao processo ainda no recesso ou terá que aguardar o retorno dos trabalhos, em 1º de fevereiro.  

Ele informou na manhã desta quarta-feira (4) que já vai inicar as conversas com os parlamentares, principalmente, o de oposição, e que por garantia já deve apresentar o requerimento no setor de protocolo da Câmara ainda esta semana. A medida é devido a informação passada pelo interventor da saúde de Cuiabá, Hugo Fellipe Martins Lima, que apontou para um rombo de R$ 350 milhões nas contas do setor da capital, além de diversos problemas.

O parlamentar destacou que a Câmara não pode fechar os olhos para esta situação. Apesar de um outro pedido de afastamento apresentado este ano já ter sido arquivado, Dilemário reforçou que com mais essa revelação do interventor Hugo Lima, de que o caixa zerado, não tem mais como a Câmara Municipal se omitir. 

O Gabinete de Intervenção da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá apresentou  relatório com um rombo financeiro de R$ 350 milhões na pasta da saúde. Segundo o relatório, o interventor encontrou o caixa da secretaria quase zerado, apontando que não existem recursos para honrar compromissos com fornecedores de medicamentos e insumos, bem como para honrar  diversos direitos trabalhistas a servidores que estão em atraso, como prêmio saúde, 1/3 de férias, adicional noturno e acertos rescisórios .

Em novembro de 2022, o vereador Dilemário  já havia pedido afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro devido investigações de nove operações policias que apontavam o desvio de mais de R$ 250 milhões dos cofres da secretaria de saúde. Na época a maioria dos vereadores votaram contra o afastamento do prefeito.
  
Dilemário relembrou ainda a CPI da Saúde, que ocorreu em 2018, ainda na primeira gestão de Emanuel, e levou à prisão o ex-secretário Huark Douglas Correa, o prefeito foi informado de que a saúde na gestão dele tinha virado uma "usina de corrupção".

"O prefeito foi omisso, não fez nada. Sem dúvidas essa omissão e conivência do prefeito fez a saúde entrar em estado de colapso, onde levou a morte de cuiabanos nas unidades de saúde. Espero que possa ter apoio da maioria dos vereadores para a Câmara afastar o prefeito, pois essa situação não é causa de vereador da oposição ou da base aliada, é causa de fazer justiça com o horror que está acontecendo com a saúde de Cuiabá ”, concluiu Dilemário.
 
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