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05/01/2023 às 17:20

Relatório da equipe de intervenção vai embasar abertura de investigação na Saúde de Cuiabá

Alline Marques

O relatório elaborado pelo Gabinete de Intervenção na saúde de Cuiabá deverá embasar a abertura de um inquérito na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Em nota, a Polícia Civil informou que aguarda a conclusão do documento para determinar a abertura de investigação de possíveis fatos criminais ocorridos na área. 

Nessa quarta-feira (5), de acordo com o gabinete de intervenção já foi diagnosticado um rombo de R$ 350 milhões na saúde de Cuiabá, o que pode gerar atrasos de salários, além disso, diversos fornecedores e prestadores de serviços estão com pagamentos atrasados. 

A equipe de intervenção ainda fará uma varredura nos contratos e também foi feito o recadastramento dos servidores para verificar a existência de funcionários fantasmas. A Polícia Civil disse que após a conclusão das apurações iniciais, pela equipe de intervenção, o relatório será encaminhado para análise da Controladoria Geral do Estado (CGE) e, em seguida, para o Ministério Público Estadual e a Deccor, que atuarão em conjunto.

Os possíveis inquéritos serão instaurados pela Polícia Civil, a partir das informações apontadas no relatório de intervenção. A delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, pontua que a instituição cumprirá sua função de forma rigorosa e assertiva na apuração dos possíveis ilícitos penais, supostamente ocorridos na administração da saúde pública de Cuiabá.

A intervenção do Estado na saúde de Cuiabá foi decretada no dia 28 de dezembro, pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, atendendo pedido do MPE, e o interventor Hugo Fellipe Martins de Lima iniciou os trabalhos logo na quinta-feira. 

O gabinete de intervenção já constatou rombo de R$ 350 milhões nas contas da secretaria e empresa municipais, ausência de dinheiro em caixa, falta de insumos, medicamentos e médicos nas unidades de saúde de Cuiabá. A prefeitura, por outro lado, alega má-fé nas informações divulgados e diz que o valor apontado pela equipe não contam com repasses pendentes do Estado e outros recursos. 

O período da intervenção, inicialmente, é de 180 dias ou até que sejam cumpridos os quesitos previstos na representação proposta pelo MP.
 
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