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11/01/2023 às 17:05 | Atualizada: 11/01/2023 às 20:02

Coronel Assis diz que acusações de petistas sobre o agronegócio são prematuras e devem ser provadas

Paulo Henrique Fanaia

O deputado federal Coronel Assis (União) classificou como prematura as falas do presidente Lula e do deputado estadual Valdir Barranco, ambos do PT, que acusam o agronegócio brasileiro e mato-grossense de financiar e até mesmo participar dos atos de depredação ocorridos no último domingo (8) em Brasília. Para o deputado, os atos de domingo devem ser investigados, porém, falas como essa, vindas de figuras públicas que têm relevância social, devem ser provadas.
 
“Entendo que o agronegócio tem um papel preponderante na economia de Mato Grosso, do Brasil e do mundo e com certeza é composto de pessoas que trabalham pelo desenvolvimento do estado e do Brasil. É prematuro falar sobre isso porque tem situações que devem ser provadas e isso, vindo de autoridades que possuem mandato, que possuem uma relevância social, é complicado. Eu não acredito nisso até que se prove”, disse o parlamentar na manhã desta quarta-feira (11) em entrevista ao Leiagora.
 
Em uma fala que repercutiu mal em todo Brasil, o presidente Lula acusa o agronegócio de financiar os movimentos chamados por ele de “golpistas e antidemocráticos”, chegando ao ponto de chamar o setor de fascista. Já Valdir Barranco, disse em entrevista que Mato Grosso é uma incubadora de terroristas.
 
E como fica a direita?
 
Militar de carreira e tendo atuado como comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso na primeira gestão do governador Mauro Mendes (União), Assis afirma que não apoia em hipótese alguma manifestações violentas e que venham a depredar o patrimônio público. Para ele, os fatos de domingo irão trazer um reflexo negativo ao movimento de direita que vinha sendo feito de forma pacífica e ordeira por homens, mulheres, empresários e aposentados. Todavia, o parlamentar acredita que a direita irá se reerguer.
 
“Não podemos apoiar, em hipótese alguma, manifestações violentas e que venham depredar e destruir o patrimônio público, isso é ruim para a democracia e isso tem seus efeitos no movimento que vinha sendo feito, na grande maioria esmagadora, por homens e mulheres, pessoas de bem que são empresários, aposentados, que vinham fazendo um movimento pacífico, ordeiro, que nem jogava papel no chão e isso traz prejuízo a esse movimento. (...) A direita brasileira vai ter um reflexo, ela acaba tendo um certo impacto, mas eu acredito que isso vai ser superado, como aconteceu no passado”, afirma o coronel.
 
Seguindo o que manda as leis brasileiras, Assis diz que confia nas instituições públicas e diz que não concorda com as prisões feitas em Brasília no domingo e na segunda-feira (9), momento em que cerca de 1.500 manifestantes foram detidos. O parlamentar afirma que as condutas devem ser individualizadas, analisando o que cada pessoa fez e aplicando a lei de forma correta.
 
“Quero que se individualize as ações, porque o próprio Direito Penal garante isso. A ação criminosa, que naquele momento cruzou essa linha, ela deve ser individualizada, porque tem pessoas ali que estavam e não participaram. Eu não posso generalizar e colocar todo mundo no mesmo balaio. As pessoas que depredaram devem ser individualizadas e que paguem pelo seu crime dentro dos limites legais”, diz o deputado.
 
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