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13/01/2023 às 08:09 | Atualizada: 13/01/2023 às 08:24

Presidente do TJ questiona fotos e vídeos de vandalismo e diz que é preciso provas concretas

Katiana Pereira

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino, diz que na condição de chefe de uma Corte do Judiciário não tem condições de fazer juízo de valor aos atos ocorridos no último domingo (8), quando os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto foram depredados. 

Isso, porque para Clarice, por enquanto, tudo não passa de meras suposições. “São notícias sobre as quais a gente lamenta, mas não posso fazer juízo de valor”, afirmou em entrevista à imprensa nessa quinta-feira (12).

Na ocasião, ela completou dizendo o que "a
 mídia mostra, às vezes, as palavras que chegam pra gente, não sei se reflete exatamente aquilo que aconteceu".

Sendo assim, a magistrada prefere não fazer nenhum juízo de valor sobre a situação, por não ter considerar totalmente confiáveis as informações transmitidas pela imprensa. 

No entanto, a presidente do TJMT reconheceu que os atos “extrapolaram” o direito de manifestação. “Atos de vandalismo extrapolam, sim, o direito de manifestação. O direito de manifestação que a Constituição garante é de paz, sem agredir ninguém, e sem agredir nenhum tipo de patrimônio. Agora, eu não posso dizer daquilo que aconteceu lá, se eu não tenho fatos, ou provas concretas para eu analisar”, afirmou a desembargadora, apesar de inúmeros vídeos e fotos que mostram a invasão e depredação dos três mais importantes prédios públicos do país. 

Invasão e quebra-quebra 

Manifestantes que estavam acampados no QG do exército em Brasília (DF), e protestavam contrários ao resultado da eleição presidencial de 2022, furaram o bloqueio de segurança e invadiram a Esplanada dos Ministérios no domingo (8), chegando até a Praça dos Três Poderes. Eles invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF, onde quebraram equipamentos, vidraças, obras de arte, queimaram arquivos, dentre outras ações, que causaram prejuízo ao erário. 

Mais de 1 mil pessoas foram detidas após uma intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal e que devem responder por atos de terrorismo. 
 
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