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24/01/2023 às 11:29

Tribunal do crime sentenciou à morte duas pessoas apenas para não deixar testemunhas

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Eloany Nascimento

Das quatro vítimas executadas de forma cruel em 2021, apenas uma tinha passagens criminais e indícios concretos de integrar uma facção criminosa, outro era suspeito de fazer parte de facção e dois estavam “no lugar errado e na hora errada”, segundo o delegado responsável pelas investigações da Operação Kalýpto, Caio Fernando Albuquerque. De acordo com as investigações, duas pessoas foram mortas para não testemunharem contra os assassinos.
 
Após quase dois anos de investigações, na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Civil deflagrou a operação para prender membros de uma facção criminosa envolvidos no brutal assassinato de quatro maranhenses que moravam em Cuiabá no ano de 2021. Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, também de 20 anos, foram mortos por supostamente integrarem uma facção rival.
 
Durante as investigações, policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP) foram até o Maranhão para investigar a vida pregressa das vítimas e conversar com os parentes e amigos que moravam em Cuiabá na época dos fatos.
 
A polícia descobriu que apenas Clemilton Barros Paixão tinha passagens criminais. As outras vítimas apenas foram mortas apenas porque membros de uma facção criminal de Cuiabá suspeitaram que eles também fossem rivais.
 
“Um deles, o Clemilton, de fato no Maranhão tinha vida pregressa e alguns indicativos de integrar uma facção daquele estado, já os outros três não. Nem inclusive aqui em Cuiabá, nenhum registro de crime. Dois tinham conversas de serem faccionados, outros dois estavam no lugar errado e na hora errada e pra não serem testemunhas foram condenados à morte pelo tribunal do crime”, afirma o delegado Caio Fernando Albuquerque.
 
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