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24/01/2023 às 17:20 | Atualizada: 24/01/2023 às 17:45

Medeiros aciona PGR para tentar impedir que governo do PT use linguagem neutra

Jardel P. Arruda

O deputado federal José Medeiros (PL) solicitou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e ao procurador-geral da Justiça do Distrito Federal, Georges Carlos Frederico Moreira Seigner, medidas para impedir que órgãos do Governo Federal façam o uso da linguagem neutra. De acordo com ele, esse tipo de linguagem atenta contra direitos difusos e coletivos.

“Solicitamos medidas urgentes dos órgãos competentes para impedir o uso de linguagem dita neutra pela Agência Brasil de notícias, portal da EBC - Empresa Brasil de Comunicação que presta serviços de radiodifusão pública e gere as emissoras de rádio e televisão públicas federais -, pois ela agride a língua portuguesa abolindo os gêneros masculino e feminino, fundamental para formação da família e desenvolvimento das crianças e adolescentes em bases biológicas e não ideologizadas”, argumenta o parlamentar em documento enviado à Procuradoria-Geral da República e da Justiça.  

Para Medeiros, cabe aos procuradores da República e da Justiça agir em casos de interesses e direitos difusos e coletivos. Para ele, a linguagem neutra ataca a moralidade, legalidade e impessoalidade, bem como respeito ao patrimônio imaterial nacional da língua portuguesa, manifestação também da cultura do país, e objeto de acordos internacionais para sua padronização e entendimento recíproco.  

“O tal uso de linguagem em reportagem oficial advinda da administração pública e paga com seus recursos é incorreta, quanto, para maior espanto, é tendenciosa, posto que propagada como forma "politicamente correta" de se escrever ou falar o português, o que é uma falácia proposital e maliciosa. Não existe linguagem neutra. Escrever ou falar "todes", por exemplo, é um erro grave de português”, frisa o deputado José Medeiros.
 
O parlamentar afirma ainda que o governo presta um desserviço ao país ao usar a estrutura do estado em desencontro com a norma da língua portuguesa. “O politicamente correto utilizado pelos petistas e demais partidos de esquerda é uma falácia. Eles estão tentando impor uma doutrinação ideológica usando o dinheiro público. É velha prática do PT e seus puxadinhos”, conclui.
 
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