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25/01/2023 às 12:14 | Atualizada: 25/01/2023 às 12:14

Túnel construído para fuga em massa na PCE tinha risco de desabamento, diz delegado

Eloany Nascimento

O delegado Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) afirmou que  a estrutura do túnel construído para a fuga em massa de presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) tinha grande chances de desabar e causar várias mortes. O pronunciamento foi feito à imprensa nesta quarta-feira (25) após a Operação Amardillo ser deflagrada. 

Conforme foi detralhado pelo delegado responsável pelo inquérito, a organização criminosa tinha como o objetivo escavar um túnel dentro de uma residência localizada a 200 metros em linha reta da unidade prisional.

Uma vistoria foi realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil Municipal, que constataram que o túnel já havia avançado aproximadamente 40 metros de extensão. O local estava estruturado, com cerca de dois metros de profundidade do solo e contava com estrutura reforçada, escoras e iluminação. 

Conforme o delegado, se o grupo não fosse descoberto, a ação não teria sucesso por conta de questões estruturais.  

“A estrutura tinha escoras, mas estava em uma situação periclitante, o qual atingiu uma galeria de esgoto, pois o local estava com muita dificuldade de bombear água. Os integrantes estavam trabalhando nos últimos dias com parte do corpo submerso ao esgoto. Então acredito que eles não conseguiriam chegar, o túnel desabaria, estenderia a ruína a qualquer momento e todos morreriam lá dentro”, explicou Murta.

Operação Armadillo

A Operação Armadillo foi deflagrada nesta quarta-feira (25) para o cumprimento de 21 ordens judiciais contra integrantes de uma organização criminosa envolvidos na construção de um túnel para fuga em massa de presos da Penitenciária Central do Estado.

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) iniciaram após a descoberta de um túnel, em setembro do ano passado, que estava sendo escavado de dentro de uma residência, no bairro Jardim Industriário, em direção à PCE, a maior unidade penitenciária de Mato Grosso e que abriga criminosos de alta periculosidade.

Em continuidade às investigações, a Polícia Civil identificou outras oito pessoas envolvidas no planejamento e execução do plano de fuga frustrado.

Além das prisões, foram decretadas pelo Poder Judiciário de Mato Grosso 12 mandados de busca e apreensão domiciliares e uma ordem de sequestro de imóvel. Os mandados foram cumpridos em cidades dos estados de Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis); Bahia (Salvador) e Piauí (Oeiras).
 
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