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10/02/2023 às 07:52 | Atualizada: 10/02/2023 às 08:07

Empresa alvo da Operação Hypnos participou de esquema de R$ 33 mi em Santa Catarina

Kamila Arruda

A empresa Remocenter Remoções e Serviços Médicos, um dos alvos da Operação Hypnos deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), é acusada de envolvimento em um esquema dos “respiradores fantasmas” que causaram prejuízo de R$ 33 milhões em Santa Catarina.

A informação consta da decisão judicial proferida pelo juiz João Bosco Soares da Silva, que autorizou a deflagração da operação. O processo foi encontrado durante analise do histórico da empresa.

O Núcleo de Inteligência da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que conduz a investigação em Mato Grosso, constatou que a Remocenter recebeu R$ 33 milhões por 200 equipamentos de respiradores que sequer chegaram a ser entregues nas unidades de saúde do Estado.

“Segundo consta nos autos, após o oferecimento da denúncia por corrupção, à empresa REMOCENTER no Estado de Santa Catarina teve sua sede transferida para o Estado de Mato Grosso”, diz trecho da decisão.

Na época dos fatos ocorridos em Santa Catarina, a empresa tinha como sócio Maurício Miranda de Mello, que também foi alvo da Operação Hypnos nesta quinta-feira (9). Após o escândalo, contudo, A Remocenter teve a sua sede transferida para Mato Grosso e ainda promoveu uma alternância de função de sócios-administradores.

Foi inserida no quadro de sócios Mônica Cristina Miranda dos Santos, também investigada pela Deccor no âmbito da Operação Hypnos. Ela é irmã de Maurício Miranda. 

“A Autoridade Policial salienta que essa alternância de função é um artifício empresarial típico de empresas que são usadas de 'fachada' para lavagem de dinheiro e outros ilícitos, como o peculato”, frisou o despacho que ainda apontou João Bosco da Silva, outro investigado da Decoor, como sócio laranja da empresa. Ele sucedeu Mônica no quadro de sócios da Remocenter.
 
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