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10/02/2023 às 16:15

Governo pode desistir de assumir concessão da BR-163

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

O governo do Estado pode desistir de assumir a concessão da BR-163. A informação é do governador Mauro Mendes (União), que afirma que o Banco Pine tem até o final do mês para dar uma resposta sobre o aceite no acordo de renegociação das dívidas da Rota do Oeste.

Caso não haja um posicionamento, o chefe do Executivo Estadual garante que vai desistir da concessão. Isso porque, a instituição financeira está emperrando a negociação desde o final do ano passado.

“Nós ainda estamos dependurados em um único problema que é um banco chamado Pine, que está emperrando a finalização da negociação. Só depende disso, o resto está tudo resolvido”, enfatizou.

Ele explica que, o aceite do Banco Pine é uma exigência para que o Estado possa concluir o processo de aquisição da concessionária e assumir a administração da rodovia.

“É a questão do desconto, que há uma imposição por parte desse projeto, que os bancos credores da CRO tenham que dá 50% de desconto na dívida que a CRO tem com eles, e eles não querem aceitar”, explica.

Para Mendes, essa demora já extrapolou o limite do aceitável. “Isso já passou de todos os limites, eu dei o prazo até esse mês, se não der, game over. Se não der certo explode tudo, eu não tenho como pagar mais do que já chegamos”, completou.

Por meio da MT Par, o governo de Mato Grosso comprou as cotas de participação da Odebrecht Transport e assumiu as dívidas contraídas pela Rota do Oeste para a duplicação de 120 km da BR-163, entre Itiquira e Rondonópolis, na região Sul do Estado.

Entretanto, diante dos investimentos que ainda serão realizados para que a duplicação da estrada seja concluída, o governo busca a renegociação dessas dívidas. Conforme a proposta apresentada pelo Estado, nos próximos dois anos serão investidos R$ 1,2 bilhão para a conclusão das obras no trecho mato-grossense da BR-163, com recursos próprios. Desse valor, R$ 300 milhões já estão no caixa da empresa estadual, enquanto o restante dos valores será repassado pelo Estado, segundo previsão orçamentária.
 
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