Expectativa é que bloco governista cresça e controle comissões na ALMT
Jardel P. Arruda
Após a prorrogação do prazo para formação dos blocos parlamentares, a expectativa é que a base governista confirme a ampliação o bloco de sete para pelo menos nove membros, nesta quarta-feira (15).
Com isso, a base governista deverá indicar dois dos cinco membros de cada comissão parlamentar e, dessa forma, ter controle sobre maior parte da pauta na Assembleia Legislativa em 2022.
O prazo inicial da construção dos blocos parlamentares era quinta-feira passada, mas foi prorrogado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), a pedido do colega de Parlamento Dilmar Dal'Bosco (União), líder do governo, que trabalhou neste período uma possível ampliação do bloco governista.
As articulações emperraram nos diálogos prévios, mas podem ter sofrido mudanças drásticas nas últimas 24 horas.
Atualmente, o bloco do governo é formado por Dilmar, Botelho, Júlio Campos (União), Sebastião Rezende (União), Beto Dois a Um (PSB), Carlos Avallone (PSDB) e Paulo Araújo (PP). Apesar de ser o maior bloco, com sete membros, continuam tendo apenas uma vaga nas comissões, sendo necessário chegar a nove para ter direito a duas vagas.
As tentativas eram cooptar Diego Guimarães (Republicanos), Nininho (PSD) e Valmir Moretto (Republicanos). E, apesar de nenhum parlamentar confirma isso publicamente, pessoas ligadas a eles e de dentro do governo confirmam a informação.
CCJR cobiçada
Por trás da decisão de adiar o prazo para a formação dos blocos está a disputa pelo controle absoluto da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e outras comissões importantes, como as de Saúde e Acompanhamento Orçamentário.
No União, há uma disputa interna pela vaga no bloco governista. Acontece que Júlio Campos - o deputado mais experiente da nova legislatura - e Sebastião Rezende (União) - o deputado mais antigo na Assembleia Legislativa - querem a única vaga do grupo na CCJR.
A CCJR é a única comissão permanente por onde passam todos os projetos legislativos na no Parlamento estadual. Lá é onde é verificada a constitucionalidade e legalidade jurídica das propostas. É também onde um projeto pode receber relatório por arquivamento, ter a tramitação acelerada ou retardada, de acordo com os interesses de quem a preside, o qual tem poder de indicar qual membro da CCJR irá relatar cada proposta.
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