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17/02/2023 às 14:03 | Atualizada: 17/02/2023 às 14:08

Interventor será o primeiro a ser ouvido em CPI na Câmara de Cuiabá

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

O procurador estadual Hugo Fellipe Lima, que foi o interventor nomeado pelo Governo do Estado para comandar a Saúde da Capital, será o primeiro a ser ouvido pelos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara de Cuiabá para apurar supostos abusos durante o período da intervenção estadual.

A informação é do vereador Luis Claudio (PP), que responde pela presidência da investigação na Casa de Leis. A definição ocorreu na manhã desta sexta-feira (17), durante a primeira reunião de trabalho dos membros da CPI.

A oitiva deve ocorrer após o Carnaval, mas ainda não tem uma data específica. Após ele, a Comissão deverá colher o depoimento dos servidores que denunciaram suposto assédio moral por parte dos membros da equipe de transição.

Durante a reunião, Luis Claudi ainda entregou ao relator da CPI, o vereador Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), um calhamaço de documentos oriundos da Prefeitura de Cuiabá.

“Nós juntamos o relatório circunstanciado com o relato dos servidores, com fotos e vídeos. Esses relatos são feitos por servidores que se sentiram ameaçados, pois armários foram arrombados, equipamentos foram retirados, eles foram tirados da Secretaria no dia que a ministra deu a liminar para que voltassem para as mãos do município”, disse.

Além dos relatos dos servidores, o progressista ainda anexou a CPI um relatório que confirma o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do município.

“Já consolidado no relatório anexado a presente CPI esta o fechamento da UTI pediátrica, está também um dado estarrecedor que é o aumento do obituário no período da intervenção. [...] O paralelo eram 14 mortes, no mesmo período anterior, e passou para 26. Isso está sendo estudado pelos técnicos, porque a gente vai apresentar no decorrer da CPI”, completou.

Luis Claudio ainda afirma que será investigado a ligação pessoal do interventor com membros do alto escalão estadual. “Isso vai ser apurado, porque contamina a questão da intervenção. A decisão foi muita clara, vai lá para dentro resolve o problema da saúde, dos medidos e dos medicamentos, e isso não foi feito”, disse.

Para o parlamentar, o interventor estava preocupado com outras situações e não com a Saúde da Capital. “O interventor tinha que resolver o problema da saúde, a tão alegado da falta de médicos, é isso que tinha que ser trabalho. Para isso que foi a decisão do desembargador Orlando Perri, não para entrar na Secretaria usar daquilo lá politicamente para denigrir a imagem da gestão”, finalizou.
 
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