Imprimir

Imprimir Notícia

08/03/2023 às 16:57

Magistrado chama a atenção para 'insensibilidade moral' de investigados na Operação Hypnos

Kamila Arruda

Em decisão que culminou na segunda fase da Operação Hypnos, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, chamou a atenção para a “insensibilidade moral” dos 10 investigados. Isso porque, foram desviados mais de R$ 3 milhões dos cofres da Secretaria de Saúde, através da Empresa Cuiabana, no auge da pandemia da covid-19.

Para o magistrado, esse recurso poderia ter sido empregado para reforçar o combate à doença, uma vez que o setor estava sobrecarregado, com dificuldades de atender a toda população cuiabana, no que tange a leitos e medicamentos.

“Diante do contexto caótico vivenciado pela humanidade, sendo certo, também, que a quantia subtraída poderia ter sido empregada no enfrentamento ao coronavírus, salvando algumas vidas que foram interrompidas por falta de leitos de UTI’S ou medicação necessária, motivo pelo qual salta aos olhos a insensibilidade moral dos representados”, disse em trecho da decisão que culminou na prisão preventiva do ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, Eduardo Pereira Vasconcelos, como o empresário Maurício Miranda, administrador da Remocenter.

O desvio de recurso público teria ocorrido por meio da empresa Remocenter, que foi contratada pelo município de forma direta para fornecimento de determinados medicamentos, que nunca foram entregues.

No total, foram desviados R$ 3,2 milhões da Empresa Cuiabana de Saúde. A organização criminosa foi desbaratada por meio da primeira fase da Operação Hypnos, deflagrada no início do mês passado.

Prova disso é que, o Ministério Público Estadual já denunciou as 12 pessoas investigadas por crimes como peculato, lavagem de capitais, falsidade ideológica, associação criminosa, contratação direta indevida e ocultação de documento público.
 
 Imprimir