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21/03/2023 às 07:15

Mendes solta o verbo e diz que só sobrou 'roubalheira e vagabundagem' em Cuiabá

Da Redação - Alline Marques / Da Lucas do Rio Verde - Jardel P. Arruda

Visivelmente irritado e indignado com a situação da saúde em Cuiabá, o governador Mauro Mendes (União) não poupou nas palavras para descrever o caos no setor, que é um dos mais essenciais para o cidadão. Termos como roubalheira, vagabundagem e até um aviso aos órgãos competentes com a confirmação de que houve sim desvio de recursos federais, além de um pedido para que responsáveis sejam presos, foram algumas das declarações polêmicas dadas pelo chefe do Executivo estadual, que nomeou uma interventora para assumir a Pasta municipal, após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 

“O que sobrou em Cuiabá foi vagabundagem, roubalheira de dinheiro, aconteceu na saúde e em outros lugares, a roubalheira correu solta, todo mundo sabe, espero que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado façam seus papéis e coloquem quem roubou dinheiro da saúde na cadeia. Porque as pessoas morreram, as pessoas padeceram e agora temos a difícil missão de consertar isso”, declarou Mendes durante uma visita à Show Safra, em Lucas do Rio Verde, na noite dessa segunda-feira (20). 

Questionado sobre o fato de o Ministério Público Federal (MPF) ter instaurado um procedimento administrativo para acompanhar as medidas que serão adotadas no curso da intervenção, Mendes comemorou o fato e pediu, inclusive, que se investigue desvios de recursos federais. O governador afirmou ainda que dinheiro do chamado Teto Mac foi “roubado em Cuiabá”. O recurso ao qual o chefe do Executivo se refere é um repasse feito pelo Ministério da Saúde, um valor cumulativo, para custeio de Incremento Temporário Média e Alta Complexidade (MAC). 

“Fico feliz que investigue, teve muito dinheiro do Teto MAC roubado em Cuiabá, pode investigar a vontade, que esse caos na saúde, boa parte, foi pela roubalheira que fizeram com a saúde de Cuiabá”, declarou sem papas na língua. 

Já sobre o pedido feito pelo conselheiro Sérgio Ricardo, sobre priorizar a normalização de médicos nos atendimentos, Mendes diz que não existe milagre na saúde. “Iniciamos o trabalho na semana passada, a saúde está um verdadeiro caos e não existe milagre. Eu acredito em Deus, acredito em milagre, mas na saúde é trabalho sério, honestidade e algum tempo para reorganizar a bagunça que foi construída ao longo dos anos”, declarou. 

Vale destacar que neste fim de semana, a interventora Daniella Carmona realizou uma vistoria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Verdão, e constatou que dos seis médicos que deveriam estar atendendo, apenas três foram realizar os plantões. Os outros faltaram por falta de pagamento. Além disso, o governo viabilizou equipamentos para que as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica voltassem a funcionar, já que está fechada desde janeiro. 
 
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