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30/03/2023 às 09:30 | Atualizada: 30/03/2023 às 09:36

Vereadores participam de manifestação contra a suspensão de profissionais CADs em Cuiabá

Leiagora

Os vereadores Michelly Alencar (União), Maysa Leão (Republicanos) e Dilemário Alencar (Podemos) participas, na tarde dessa quarta-feira (29) na Praça Alencastro, de um manifesto contra a paralisação do atendimento dos profissionais da educação especial das escolas da rede municipal, as Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CADs), e contra a atuação da Prefeitura de Cuiabá neste caso.

A Administração Municipal chegou a anunciar a suspensão do serviço e voltou atrás após o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ricardo, emitir nota desmentindo a versão da prefeitura, de que teria atendido a uma decisão dele.

Acontece que apesar de determinar a suspensão do contrato, o conselheiro informou que na decisão singular 283/2023 determinou que o serviço de atendimento de Alunos com Deficiência (CAD) na rede municipal fosse mantido, mesmo que por contratação emergencial.

A ação com mães de alunos especiais aconteceu após essa confusão.

Michelly Alencar afirmou que as mães das crianças com deficiência ainda estão se sentindo inseguras quanto à manutenção do serviço, já que ainda será realizado um novo processo licitatório devido às irregularidades no certame.

O TCE apontou um subrepreço de R$ 8 milhões no contrato com valor global de R$ 51,5 milhões.

“Essas mães querem as garantias de que os filhos não ficarão fora da escola, de que todas as crianças com deficiência tenham CAD. Fomos protestar porque o município de Cuiabá não oferta nenhuma terapia além da equoterapia, que está funcionando em apenas um local, e ainda não garante que as crianças não terão prejuízo com relação ao ano letivo”, disse a vereadora.

A parlamentar afirma que, além do caos que se encontra na saúde, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) agora cria caos também na educação do município.

“Criança tem que estar na escola, é um direito constitucional. As crianças não podem ser penalizadas por uma má administração, elas precisam ter uma acompanhante para estar dentro da sala de aula. E a prefeitura ainda usou, de forma equivocada, o argumento do TCE para suspender um processo licitatório com sérias irregularidades e superfaturamento para prejudicar essas crianças”, disse.

A parlamentar conta que o conselheiro Sérgio Ricardo precisou entrar em contato com a secretária de Educação para reforçar o que havia sido acordado anteriormente: o contrato com a Conviva seria suspenso, mas sem afetar os alunos.

"Ao invés de corrigir o erro, a prefeitura usou de forma completamente maldosa a determinação do TCE para desrespeitar as crianças de Cuiabá. Isso é um absurdo. Cuiabá está mergulhada no caos e não é só na saúde. Enquanto isso, o prefeito desaparece da cidade ao invés de enfrentar os problemas da cidade que ele administra”, bradou. 

Michelly pontuou que a luta para garantir a inclusão em Cuiabá ainda é grande, mas que não vai deixar de brigar junto com as famílias para exigir os direitos garantidos.

“Temos parlamentares que lutam por isso, pela inclusão e pelos direitos da população. Mas quanta luta nós temos que ter nessa gestão para ter o direito mínimo garantido. Vamos continuar nessa busca”, garantiu. 

Conforme determinação do conselheiro, uma reanálise da qualificação técnica de todas as empresas licitantes cadastradas no certame será realizada e o novo resultado deverá sair em até 30 dias.

 
Com assessoria
 
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