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11/04/2023 às 15:00

Wilson diz que Mauro só irá investir na Saúde de Cuiabá em último plano, para não arriscar orçamento

Da Redação - Luíza Vieira / Reportagem local - Jardel Arruda

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) defendeu, nessa segunda-feira (10), que o governo de Mato Grosso invista na Saúde de Cuiabá, em especial na estadualização do Pronto-Socorro da Capital. Mas afirma que o governador Mauro Mendes só tomará essa decisão nos '45 do segundo tempo', já que o gestor se mostra muito cauteloso nas finanças.

"O Mauro, ele é cartesiano, ele só vai por dinheiro aqui na última hora, depois que o juiz levantar a placa, 'falta mais cinco minutos'. Porque ele vai exaurir todas as possibilidades de melhorar o gasto público, de recondicionar, de readequar, de redistribuir servidores, serviços... depois que ele exaurir todas as possibilidades de economia, na reta final, ele vai acabar tendo que colocar dinheiro, sim", destacou o deputado.

O ex-prefeito de Cuiabá também defende que o Estado deva investir na pasta da Saúde, porque a Capital, segundo ele, está sobrecarregada, após críticas à quantia de verba destinada à Saúde estipulada pela Constituição Federal.

"Defendo, porque a saúde pública em Cuiabá sempre foi deficitária. A Constituição estabelece um percentual de 15%, os últimos dez prefeitos colocaram em média 25% a 30%, quer dizer, os 15% constitucionais nunca foram suficientes, porque a infraestrutura média hospitalar no interior é quase inexistente, toda área de média e alta complexidade deságua em Cuiabá".

Sob o ponto de vista de que o estado tem mais dinheiro disponível para investir que a Capital, Wilson defende a estadualização do Pronto-Socorro, que recebe demandas de todo o estado.

"Eu defendo a estadualização do Pronto-Socorro de Cuiabá, urgência e emergência. Talvez uma ou outra especialidade, cardiologia, neurologia, pode ser estadualizada. Mas o que eu defendo é a estadualização do Pronto-Socorro. Por quê? Porque o estado pode mais. O estado está prevendo arrecadar R$ 32 bi e a prefeitura R$ 4,5 bi. O Estado pode muito mais. Pelo menos metade desses atendimentos é de gente que vem do interior", relatou o parlamentar.
 
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