Racha no União e demora em decisão pode beneficiar adversários, avalia Botelho
Alline Marques
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União),já deixou claro que a situação dentro do União Brasil precisa ser definida no máximo até outubro deste ano. Isto porque, ele e o presidente do partido, deputado federal Fábio Garcia, enfrentam uma disputa interna de quem será o candidato do partido a prefeito de Cuiabá.
Porém, caso esse debate se arraste para o próximo ano, o chefe o Legislativo acredita que irá prejudicar ambos e quem levará vantagens são adversários como o deputado federal Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), que apesar de não se declarar candidato tem sido cotado como nome forte para a disputa.
“Se não trabalharmos rapidamente, não fizermos um entendimento este ano, até setembro ou outubro, e nós entrarmos nessa discussão anos que vem, eu e Fabio, os outros vão emergir. Vão chegar num nível muito alto e nós não teremos condições de romper essa bolha. Com certeza pode acontecer essa polarização e teremos dificuldade em chegar a um segundo turno que não seja Abílio e Lúdio”, afirmou o parlamentar em entrevista à Rádio Cultura.
Botelho alega que já tratou disso tanto com Fabio, quanto com o governador Mauro Mendes (União) e apontou que apesar de até entender que neste momento este embate tem trazido os holofotes para o União, e ajuda, principalmente, na opinião dele, o colega de partido, que estaria mais embaixo nas pesquisas, também não se pode arrastar por muito tempo.
“O governador concorda que se nós entrarmos sem definição estaremos perdendo pontos, temos que definir este ano. E o Fabio concordou com minha proposta de que vou sair de licença, vou dar este tempo para ele, quando eu voltar, em junho, mais ou menos, vamos conversar sobre isso”, finalizou.
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