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11/05/2023 às 20:10 | Atualizada: 11/05/2023 às 20:44

Servidoras da SES negam formação de cartel e garantem que irão acionar empresário judicialmente

Luíza Vieira

Por meio de nota, servidoras da Secretaria de Estado de Saúde, acusadas de participação em cartel de empresas envolvido na prestação de serviços médicos em hospitais do Estado, refutam declarações de empresário. Elas afirmam que medidas judiciais serão tomadas frente ao caso.

O empresário Frederico Aurélio Bispo esteve na Câmara Municipal de Cuiabá nesta quinta-feira (11) e utilizou a tribuna para denunciar um suposto esquema de cartel envolvendo a secretária-adjunta de Saúde Kelluby de Oliveira, a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Dobes, e a diretora-geral do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, Cristiane de Oliveira Rodrigues.

As secretárias e diretora se pronunciaram afirmando que as acusações são falsas e sem provas. Além disso, reforçaram que todos os atos que realizaram foram regulares e para cumprimento do exercício regular de suas funções.

Quanto às acusações proferidas pelo proprietário da Síntese Comercial Hospitalar Ltda, elas esclarecem que medidas judiciais serão adotadas no caso.

“As servidoras informam que estão tomando todas as providências judiciais cabíveis, inclusive com denúncia aos órgãos de controle, bem como a responsabilização pessoal da empresa pelos fatos alegados sem provas”, diz trecho do texto.

Mais cedo, no fim da tarde desta quinta, a Secretaria de Estado de Saúde emitiu uma nota oficial desmentindo outras acusações do empresário, como a de que o contrado com a Síntese teria sido rescindido pelo Hospital Metropolitano ou pela SES. A nota completa está disponível neste link.

Confira a nota das servidoras na íntegra:

Sobre as ilações do advogado Frederico Aurélio Bispo, diretor-executivo da Síntese Comercial Hospitalar, que fez descabidos ataques a servidoras da Secretaria de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira, Caroline Campos Dobes e Cristiane de Oliveira Rodrigues, é importante esclarecer:

Toda fala do representante da empresa é desprovida de verdade ao imputar fatos inverídicos e caluniosos, totalmente sem provas da efetiva participação das servidoras em qualquer ato ilegal e principalmente na suposta formação de cartel, onde todos os atos que realizaram foram regulares e para cumprimento do exercício regular de suas funções.

As servidoras informam que estão tomando todas as providências judiciais cabíveis, inclusive com denúncia aos órgãos de controle, bem como a responsabilização pessoal da empresa pelos fatos alegados sem provas.


MedTrauma se manifesta

A empresa MedTrauma, que também foi citada por Frederico na Câmara Municipal, se pronunciou por meio de nota:

A MEDTRAUMA, empresa com mais 10 anos de mercado, especializada na prestação de serviços hospitalares na área de ortopedia e traumatologia, vem a público esclarecer que não há irregularidades nos contratos firmados com a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Mato Grosso ou com qualquer outro ente público.

O contrato específico citado pelo empresário “denunciante”, além de revestido de absoluta legalidade, tem promovido benefícios aos usuários do Hospital Metropolitano e no Hospital Municipal de Cuiabá, seja mediante a diminuição das filas de cirurgia/internação, seja em função da vertiginosa redução do índice de suspensão de procedimento cirúrgicos na área de ortopedia, haja vista que as referidas unidades hospitalares não mais sofrem com falta de mão de obra ou insuficiência de insumos, ao menos no setor de ortopedia/traumatologia.

Diante da escorreita execução dos serviços contratados, o Estado efetuou os pagamentos contratualmente previstos, não havendo qualquer irregularidade neste fato.
 

Frederico Aurélio Bispo responderá civil e criminalmente pelas aleivosias propaladas contra a MEDTRAUMA e seus sócios, fruto de interesses escusos e marginais.

* Alterada às 20h43, para incluir a nota da MedTrauma.
 
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