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12/05/2023 às 13:48 | Atualizada: 12/05/2023 às 14:00

Criança de 2 anos teria atirado na própria cabeça, diz pai da prima que estava no quarto

Eloany Nascimento

O pai da menina de 5 anos, que estava no quarto no momento em que Eloá Pinheiro de Oliveira, 2 anos, foi atingida por um tiro acidental, relatou em depoimento à Polícia Civil, que quem atirou foi a própria vítima. A bala atingiu a cabeça de Eloá. O caso foi registrado nessa quinta-feira (11), no bairro Santa Cruz II, em Cuiabá.

A versão apresentada por ele contradiz com o que havia sido informado pela própria Polícia Civil que apura o caso. 

No depoimento ao delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Olímpio da Cunha Fernandes Junior,  A.S.D.C.O disse que veio do Rio de Janeiro com sua filha no dia 6 de maio para passar férias em Cuiabá até o dia 28 deste mês. Ambos estavam hospedados na casa do tio, o 2º Sargento da Polícia Militar, Elienay Pinheiro, pai de Eloá. 

O sobrinho do sargento, contou que o tio estava fazendo arroz, na cozinha de sua avó, na parte dos fundos da casa dela por volta das 9h30, quando ouviu um barulho. Inicialmente ele pensou que teria sido na casa do vizinho, mas depois viu Elionay falando ao telefone, momento em que soube que Eloá tinha sido atingida por um disparo de arma de fogo. 

Ainda em oitiva, o declarante disse que ligou para a mãe da criança pedindo para ela voltar para casa, dizendo que havia ocorrido um acidente e que não foi até o quarto onde a vítima estava, pois ficou com sua filha que estava assustada.

Quando os policiais e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) chegaram na casa, a testemunha disse que foi a primeira vez que teve contato pessoal com Eloá e só conhecia ela por fotos.

No testemunho, o homem afirmou que a filha nunca teve contato com armas anteriormente, e não sabia da existência do revólver na casa e que após ela se acalmar ele pediu para ela contar o que ocorreu e a mesma relatou que estava na sala assistindo televisão, quando a prima de 2 anos, saiu do quarto dos pais, onde estava brincando, e foi até ela e falou: "venha ver o que eu achei".

A criança de 5 anos contou ao pai que Eloá abriu a gaveta e procurou a arma para mostrar para ela e falou que assim que pegou o revólver houve o disparo. A menina disse ainda que após o tiro, o irmão da vítima e Elionay entraram no quarto.

O depoente disse que a filha estava "meio aérea", sem entender o que tinha ocorrido e voltou a reafirmar que a criança não conhece nada sobre arma, e nunca mexeu com uma, bem como não tinha conhecimento da arma na casa e após aproximadamente 45 minutos finalizou o depoimento.
 
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