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16/05/2023 às 14:29 | Atualizada: 16/05/2023 às 14:39

Fotos e vídeos | Polícia mira em ladrões de gados na região sul de MT

Eloany Nascimento

Ladrões de gado em propriedades rurais localizadas na região sul do estado são alvos da Operação Zoião deflagrada na manhã desta terça-feira em Alto Araguaia (16). Ao todo são cumpridas duas ordens judiciais de busca e apreensão. A ação conta com o efetivo de 12 policiais civis.

As investigações iniciaram em 2021, quando a delegacia da Polícia Civil do município verificou um aumento significativo de ocorrências de furto de gado na região. Os suspeitos iam até as propriedades rurais, inicialmente durante o dia, e usando informações privilegiadas, verificavam a melhor forma de efetuar o furto. Depois, retornavam ao local no período noturno e faziam o abate dos animais, utilizando arma de fogo.

O transporte dos animais eram realizados por meio de camionete e posteriormente era realizado o descarne para a venda aos receptadores, geralmente restaurantes e churrascarias da cidade.

Em depoimento nesta terça-feira, um dos proprietários de uma churrascaria da região confessou que adquire gado abatido do principal alvo há mais de dois anos e, inclusive, nesta terça teria recebido uma vaca inteira em seu estabelecimento.


Durante a ação, foram apreendidos duas camionetes, compatíveis com as verificadas durante os furtos, e duas armas de fogo, além de diversos apetrechos característicos com a prática dos crimes (cordas, talhas, catracas, correntes, ganchos.). Também foi apreendido um motor tipo guindaste, acionado por controle remoto, com capacidade para içar mais de uma tonelada.

Prejuízo aos proprietários rurais

A Polícia Civil estima que mais de cinquenta animais foram furtados e abatidos clandestinamente na região pelos investigados, nos últimos dois anos. O prejuízo aproximado, para os proprietários rurais, é de mais de 200 mil reais.

“Além de causar prejuízo para os proprietários rurais, pode colocar em risco a saúde da população, uma vez que esses animais abatidos clandestinamente não passam por qualquer tipo de controle sanitário e são consumidos nos restaurantes da cidade”. Tanto os criminosos responsáveis pelo furto quanto os proprietários dos estabelecimentos que adquirem essa carne clandestina, podem responder pelos crimes de furto qualificado e receptação, respectivamente, que possuem pena somada de mais de cinco anos de reclusão”, explicou o delegado responsável pela investigação Marcos Paulo Batista de Oliveira.

Nome da operação

O nome da operação faz alusão ao principal investigado, objeto do cumprimento dos mandados de busca e apreensão. As investigações continuam e outras diligências podem ocorrer a qualquer momento.

 
 
Com assessoria da Polícia Civil 
 
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