Interventora vai à AL prestar contas dos 60 dias à frente da Saúde de Cuiabá
Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Jardel P. Arruda
A interventora Danielle Carmona estará na Assembleia Legislativa na próxima semana para apresentar o relatório de ações já realizadas nestes 60 dias de intervenção na saúde da capital. Ao contrário da primeira vez, em que ela apresentou o planejamento da equipe para o Colégio de Líderes, desta vez, ela deverá participar de uma reunião da Comissão de Saúde, presidida pelo deputado Lúdio Cabral (PT).
“A expectativa é de que eles venham prestar novas informações do período de intervenção, já são 60 dias, lembrando que é uma intervenção judicial de 90 dias, e precisamos avaliar as medidas que foram implementadas, como o planejamento de pagamento dos atrasos para os hospitais filantrópicos”, comentou Lúdio sobre a ida de Carmona à Comissão.
O parlamentar destacou que também será uma oportunidade para responder o que já foi realizado dentro do que foi apresentado no planejamento inicial. Carmona irá à AL em um momento em que a Saúde do estado também está em pauta após ter sido alvo da Operação Espelho que apura um esquema de cartel e que surgem também denúncias de favorecimento à empresas no estado.
A interventora já rebateu todas as denúncias que surgiram até o momento e vem apresentando também as ações implementadas ao Tribunal de Contas do Estado que acompanha constantemente as medidas adotadas pela equipe de intervenção. Dentre as ações estão a convocação de mais de 300 aprovados no concurso da saúde, retomar a vacinação em todas as unidades de saúde, restabelecer o fornecimento de medicamentos e ainda garantir atendimento médico no Abrigo Bom Jesus de Cuiabá, que já estava há 10 meses sem atendimento.
Além disso, a interventora conseguiu retomar a realização das cirurgias. O gabinete de intervenção chegou a divulgar que foi constatada uma fila com mais de 110 mil pedidos para realização de cirurgias – de urgência e emergência – com pacientes desde 2014. E em um relatório entregue ao TCE, a equipe apontou que mais de 17 mil pessoas morreram na fila de espera.
A intervenção ocorre em decorrência de uma decisão judicial que determinou que o estado assumisse a Saúde de Cuiabá por 90 dias. Este prazo encerra em 15 de junho, mas pode ainda ser prorrogado por mais 90 dias, mas isto ainda não foi comentado.
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