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17/05/2023 às 08:00 | Atualizada: 17/05/2023 às 08:10

No MDB, nacional sinaliza apoio a Juarez enquanto Bezerra tem maioria no estado

Jardel P. Arruda

Com eleições estaduais internas programadas para setembro, o clima do MDB em Mato Grosso é de queda de braço entre duas lideranças e os vários grupos da sigla, dificultando a possibilidade de uma chapa única, formada através de consenso:

De um lado, o atual presidente, militante histórico e ex-deputado federal, Carlos Bezerra quer ser candidato à reeleição e repetir a dobradinha com a deputada estadual Janaina Riva de vice. 

Do outro, o deputado federal Juarez Costa, o mais votado da sigla e com uma extensa ficha política com direito a ser ex-prefeito de Sinop, a “Capital do Nortão”, se vê no momento político e assumir a liderança partidária.

Fora de um mandato eletivo pela primeira vez em 16 anos, Bezerra viu Juarez Costa ganhar o apoio da direção nacional do MDB. Além disso, Costa também ganhou apoio do deputado federal Emanuelzinho Pinheiro e do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, desafetos políticos da deputada Janaina Riva.

A ideia do grupo de Costa é dar ao septuagenário Carlos Bezerra o posto de presidente de honra da sigla, como uma homenagem, para então fazer a transição da liderança da sigla.

Pesa a favor de Bezerra o apoio dos militantes históricos do partido e da maioria da bancada estadual. Janaina Riva, Drº João e Thiago Silva apoiam o histórico presidente, assim como prefeitos com militância tradicional, como Kalil Baracat, de Várzea Grande.

O único parlamentar estadual do MDB que não está fechado com o ex-deputado federal é Juca do Guaraná, ligado ao grupo do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Entretanto, ele não se indispõe com o restante dos deputados estaduais e também não dá declarações contra a liderança de Bezerra.

Bater Chapa

Além disso, o grupo de Bezerra acredita deter a simpatia da maioria dos delegados dos diretórios municipais. Dessa forma, se o clima não for apaziguado com algum acordo entre os dois grupos, o trunfo do presidente histórico seria desafiar Juarez para uma disputa eleitoral.

A disputa, no entanto, deve ser usada apenas como cartada, uma vez que no caso do litígio, o grupo perdedor da eleição seria prejudicado por não ter nenhum representante na composição do diretório estadual do partido.
 
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