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17/05/2023 às 11:55 | Atualizada: 17/05/2023 às 12:36

Janaina classifica cassação de Dallagnol como 'vingança'

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Apesar de a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol ter se dado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) classifica a medida como “vingança” e atribui isso ao fato de ele ter sido ferrenho defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para a emedebista, a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está agindo com retaliação, da mesma forma que agiu a gestão anterior.

“A impressão que nós temos é que a cada governo que troca, como aconteceu também no período em que Bolsonaro foi eleito, trabalham com vingança. A gente viu isso acontecer na gestão do Bolsonaro e estamos vendo isso acontecer na gestão do Lula”, reforçou.

Janaina acredita que essa polarização é relevante para os políticos em questão, mas não tem feito bem para o país como um todo. “[...] talvez porque para eles seja interessante essa polarização e radicalismo, mas na minha opinião isso para o país vem fazendo muito mal, e a gente sente isso através da população e dos comentários”, completou.

A parlamentar afirma que “ninguém suporta mais essa polarização e esse radicalismo”, e lembra que por conta disso Bolsonaro perdeu a eleição no ano passado e não conseguiu ser reconduzido à presidência da República.

“[...] e a mesma coisa agora, a gente vê o Lula tomando a mesma iniciativa. Um alimenta o outro, mas para o país isso é extremamente ruim, especialmente quando você tem um candidato com candidatura deferida e depois perde o mandato”, disse.

Apesar disso, Janaina evita falar que o TSE errou em cassar o mandato do parlamentar federal. Ela pondera que não se inteirou sobre as questões técnicas, mas acredita que isso não deveria ocorrer após a promulgação do resultado das eleições, e sim durante o processo eleitoral.

Nessa terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral cassou, por unanimidade, a validade do registro de candidatura de Dallagnol. De acordo com os ministros da Corte, Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para escapar de julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022.
 
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