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20/05/2023 às 10:03 | Atualizada: 20/05/2023 às 10:07

DataSus aponta que número de atendimentos na Santa Casa caiu 46% após Estado assumir

Jardel P. Arruda

Os atendimentos na Santa Casa de Misericórdia caíram de 13.855 procedimentos sob a adminsitração de uma associação filantrópica para 7.427 após a administração ter passado ao governo do Estado, se comparado o mesmo período.

Esses são dados apresentados em relatório da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, após vistoria na unidade hospitalar e verificar informações no DataSus, programa de manutenção de banco de dados do Ministério da Saúde.

De acordo com o deputado estadual Lúdio Cabral, presidente da Comissão de Saúde, apesar dos anos de 2016, 2017, 2018 e começo de 2019 terem sido livres da pandemia de covid, a queda no restante de 2019, 2020, 2021 e 2022 não é justificada, ainda mais que a unidade foi referência em atendimento durante este período.

“A equipe técnica fez um confronto entre as informações que constam no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, aqueles serviços que estão em funcionamento, e fez um levantamento sobre a produção hospitalar da Santa Casa, comparando período 3 anos de funcionamento da antiga Santa Casa da Misericórdia e 3 anos de funcionamento da Santa Casa Estadual e constatou uma redução na quantidade de procedimentos hospitalares realizados. Mais de 13 mil procedimentos no período que era Santa Casa de Misericórdia para 7 mil procedimentos no período do hospital estadualizado”, disse.

Além da redução de atendimento, a Santa Casa de Misericórdia passa por problemas estruturais. O mesmo relatório apontou risco de incêndio e áreas de descanso com estrutura degradantes para profissionais de enfermagem. As informações levantadas serão encaminhadas ao Ministério Público, Corpo de Bombeiros, à Secretaria de Estado de Saúde e à própria direção da Santa Casa.

“As condições da área de descanso dos profissionais de enfermagem, não seria exagero dizer que essas condições se assemelham às de trabalhadores em condições análogas à escravidão, quadro gravíssimo. Repouso sem janela, sem ventilação, sem iluminação, insalubre, infiltração, problemas de instalações elétrica, hidráulica, sanitárias, espaço físico insuficiente… O dia que fiz a visita os colchões estavam sendo trocados. Então é um quadro grave”, afirmou Lúdio.
 
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