Imprimir

Imprimir Notícia

22/05/2023 às 09:39 | Atualizada: 22/05/2023 às 09:51

Superintendente de saúde, chefes da farmácia e empresário são presos por desvio de medicamentos em VG

Eloany Nascimento

O superintendente de Saúde de Várzea Grande, chefes da farmácia e um empresário foram presos durante a Operação Fenestra, deflagrada na manhã desta segunda-feira (22), no município. Os investigados são suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de medicamentos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase.

Conforme a Polícia Civil, 
as investigações apontam que os medicamentos eram receptados por um empresário que atua no ramo e utilizava “laranjas” para pagar vantagem indevida a agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores.

São cumpridas 22 ordens judiciais que foram expedidas pela  4ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande. Entre elas, quatro são mandados de prisão preventiva, oito de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, além de mandado de sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município.

Os mandados de prisões são cumpridos em desfavor de um superintendente de Saúde, chefes da farmácia da Upa Ipase e de um empresário do ramo de medicamentos.

Também foram determinadas quatro medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto socorro público de Várzea Grande, exceto como pacientes.

As investigações iniciaram em abril de 2022 e apontaram o envolvimento de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, dentre eles o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares.
 
Nas diligências foi constatado que, no período de pandemia da Covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores, contudo, evidências indicam que foi utilizada para os desvios de medicamentos.

A Deccor identificou alteração irregular no sistema de dados relacionados ao controle de saída de medicamentos da UPA/IPASE para ocultar a dispensa ilícita de remédios, sendo inclusive dispensado medicamentos para paciente já falecidos.

A investigação

Durante as investigações foi demonstrado que as subtrações de medicamentos eram realizadas sob a liderança do Superintendente de Saúde de Várzea Grande, destacando assim em especial a atuação delituosa dos agentes públicos, chefes de farmácia, sem a qual certamente os fatos não ocorreriam em prejuízo da farmácia da Upa de Várzea Grande.

Crimes praticados

Os investigados devem responder pelo crime de associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, extravio de documento e lavagem de dinheiro.

Nome da operação

Fesnestra faz alusão à palavra em latim que significa janela, que foi aberta no fundo da farmácia Upa Ipase no período pandêmico para o desvio de medicamentos.
Com assessoria/PJC
 
 Imprimir