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22/05/2023 às 12:00

Assis rebate O Globo e diz que intenção de matéria foi de intimidar membros da CPI do MST

Paulo Henrique Fanaia

Único representante de Mato Grosso na recém-formada CPI que irá investigar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, o deputado federal Coronel Assis (União) rebateu a matéria vinculada no jornal O Globo que o acusa de ter recebido doações de empresários que respondem por crimes ambientais durante a campanha eleitoral de 2022. Para o coronel, se o intuito da matéria foi o de intimidar os membros da CPI, eles não conseguiram.
 
“Eu não posso afirmar, não quero ser leviano a esse ponto, mas eu entendo que se a intenção da fonte que subsidiou esse veículo jornalístico, que foi fazer um levantamento de toda a vida pregressa de todos os integrantes da CPI do MST - quando digo de todos são todos, inclusive um parlamentar que é da base do Governo Federal e aparece na matéria -, se eles tentaram com isso provocar uma intimidação, uma coação, um constrangimento, isso não funcionou. Eu tenho uma carreira dentro do serviço público, na instituição Polícia Militar por 28 anos e sou honesto, vivo do meu salário”, declarou o deputado na manhã desta segunda-feira (22).
 
Na noite desse domingo (21), o jornal O Globo publicou uma matéria em que acusa sete membros da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o MST de receberem doações de empresários investigados por crimes ambientais. De acordo com a matéria, nas eleições de 2022, Assis teria recebido doações de Edmar de Queiroz, acusado de comercialização ilegal de ouro e contrabando de madeira ilegal na Amazônia e do empresário Dambros Sbizero, que chegou a ser detido em 2019 pela suspeita de participação em esquema de fraude no sistema de criação de créditos florestais.
 
Assis afirma que as contas de sua campanha foram devidamente apresentadas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que tudo seguiu o que manda a lei. Para ele, o fato de um doador responder por um processo e financiar parte de uma campanha não demonstra que o parlamentar defende ações ilegais, portanto, na Comissão ele irá ter uma postura firme para desmascarar os crimes de invasões ilegais cometidos pelo MST.
 
“Se duas pessoas respondem por crimes ambientais, com certeza essas pessoas devem responder por meio de suas defesas nos seus processos, mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não sou filho de pai assustado, não funciona essa situação comigo. Na CPI do MST terei a postura firme e aguerrida para descortinar esse movimento e de que maneira obtém os recursos para as invasões”, afirmou o parlamentar.
 
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