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23/05/2023 às 12:08 | Atualizada: 23/05/2023 às 12:08

Carmona espera prorrogação da intervenção e afirma que tem ações programadas para 180 dias

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Mesmo sem uma definição quanto ao pedido de prorrogação da intervenção estadual na saúde de Cuiabá, a interventora Daniella Carmona garante que sua equipe já tem ações planejadas para 180 dias.

Ela cita a necessidade de ações estruturantes a longo prazo para o setor, e afirma que expôs essa situação ao Ministério Público Estadual (MPE), a fim de garantir mais 90 dias de intervenção.

“Garantir medicamentos e insumos, ok, fizemos a compra, mas precisa ser criado uma política da assistência farmacêutica, uma política municipal. Isso acaba levando mais tempo. Fazer reforma e adequar algumas estruturaras, leva muito mais tempo. Elaborar fluxos para que as unidades básicas de saúde, UPAs e Policlínias e a terciaria funcionem, eu preciso organizar essa rede assistencial de saúde, e isso leva tempo”, exemplificou durante apresentação feita aos deputados estaduais na manhã desta terça-feira (23).

Na semana passada, ela afirma que foi procurada pelo Ministério Público e externou a necessidade de prorrogação para dar continuidade no trabalho que vem desenvolvimento a frente da Saúde Municipal.

“Nós estamos fazendo a nossa manifestação de forma extremamente técnica. Então, em todos os nossos relatórios estamos desenvolvendo ações, que muitas levam mais tempo. Nós temos ações que vão até 180 dias, porque nós precisamos ter ações estruturantes, precisamos implantar, instituir fluxos, retomar alguns fluxogramas, reorganizar essa rede assistencial, e ainda tem a questão da estrutura das unidades, que precisam melhorar”, citou.

Carmona frisa que essa necessidade vem sendo acompanhada pelos órgãos de controle, especialmente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recebe relatório quinzenal dos trabalhos da intervenção.

“Os órgãos de controle estão presentes junto a intervenção desde o início. Então, a cada 15 dias nos enviamos o relatório com o diagnostico encontrado e com o nosso plano de ação de curto, médio e longo prazo”, reforçou.

Apesar de expor a necessidade de prorrogação, ela afirma que sua equipe também trabalha com o prazo inicial. “Para fazer toda essa estruturação nos colocamos que há necessidade sim de mais tempo, mas nossa equipe tem trabalho fulltime, concentrado em cumprir 90 dias. Se for prorrogado nós já temos inúmeras ações planejas de até 180 dias, mas é algo que depende de uma decisão judicial”, finalizou.

O Ministério Público pediu a prorrogação da intervenção nesta segunda-feira (22). A petição foi assinada pelo procurador-geral de Justiça, Deosdete da Cruz, e está nas mãos do desembargador Orlando Perri, relator do processo no judiciário de Mato Grosso.
 
 
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