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29/05/2023 às 08:03 | Atualizada: 29/05/2023 às 08:59

Cadore considera que falta aproximação por parte do governo federal com produtores rurais

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, disse que faltam sinais de aproximação por parte do governo federal para com os produtores. Para ele, a falta de políticas públicas quanto à invasão de terras, o regime desarmamentista da gestão, ausência do Plano Safra e de oportunidades de crédito, repele mais ainda qualquer aproximação. 

“São situações distintas. O produtor rural de forma natural é conservador, porque o direito da propriedade precisa imperar. Como produzir se ele não tem a garantia da sua propriedade? Nós não vimos as políticas do governo recriminando as invasões. Não quer dizer que nós não somos favoráveis à reforma agrária. É óbvio que o homem precisa do acesso à terra”, argumenta o presidente.

Outra crítica à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que  está prestes a completar seis meses, está relacionada às restrições do governo quanto ao uso de armas de fogo. Já no segundo dia de mandato, o presidente assinou termos que restringiram a quantidade de munições e armamentos àqueles que possuem porte de arma, além de também suspender as concessões de novos registros de CACs, clubes e escolas de tiro.

“Outra parte importantíssima e sensível, aqui fazendo uma análise da posição do produtor que tá no campo, a política de desarmamento é complicadíssima para o produtor, vocês vejam bem é difícil a segurança urbana, nosso efetivo não tem condição para fazer a segurança urbana, quanto mais um estado que de leste a oeste, de norte a sul, tem mais de mil quilômetros de distância”, defende Cadore .

Para ele, entre tantos problemas vistos quanto à gestão, o calcanhar de aquiles quanto aos produtores rurais também pode estar na falta de informações quanto ao plano safra 2023, além disso, falta também segurança jurídica, licenciamento ambiental e crédito rural.

“Plano Safra ainda não tivemos nada. Então é natural  que ainda tenha um receio e não é político. Imagine se você tem o risco de perder a sua casa, você não vai  ficar com receio? Obviamente que sim. Então o governo precisa sinalizar que vai fazer política e que vai trazer o produtor rural que é a base  da economia do país para o lado dele. Sinalizar a segurança jurídica, para isso ele precisa sinalizar o licenciamento ambiental, crédito”, pontua o presidente.

Apesar das inúmeras críticas, ele afirma que as insatisfações não são pessoais e sim que uma aproximação depende primeiro de políticas governamentais favoráveis.

“Nós esperamos as posições governamentais, né? Elas vão além de pessoais, nós não podemos ter e nem  devemos ter enquanto representantes de qualquer setor, enquanto governante também nenhum apelo pessoal. Como eu disse aqui, tudo vai depender das políticas que virão”, finaliza.
 
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