Mendes diz que considerava intervenção como 'pepino complexo' e equipe era contra
Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia
O governador Mauro Mendes (União) disse que tinha certa cautela em assumir a Saúde de Cuiabá e a equipe de governo era contrária à intervenção, porém, pouco mais de 70 dias à frente da gestão municipal, o chefe do Executivo aponta que “para o bem da população é melhor que a intervenção continue”.
“Olha, a intervenção pra mim é um trabalho a mais. Eu tenho que cuidar de Mato Grosso, tem lá 17 secretarias, eu tenho órgãos, autarquias, rodovias, a saúde do estado inteiro pra cuidar. E, eu, sinceramente, no início, achava que essa intervenção ia ser mais um pepino e um pepino complexo porque é uma intervenção numa secretaria que você depende de outras para funcionar. (...) E eu no início eu tinha até uma certa cautela, a maioria da minha equipe era contra, mas foi determinada pela justiça e nós prontamente nos colocamos para o seu cumprimento”, declarou na manhã desse sábado (27) durante visita ao antigo pronto-socorro para acompanhar o mutirão de cirurgias que está sendo realizado pela equipe de intervenção.
Mendes revelou que iniciou os trabalhos, no começo, com muita resistência, com muitos problemas internos, com boicotes, mas atualmente, grande parte desses obstáculos foram vencidos e os trabalhos estão dando bons resultados.
E a população já percebe isso com médicos mais presentes nas unidades, as cirurgias aqui estavam paradas. Imagina o que é 150 pessoas toda semana passando por cirurgia. Aliviando dores e sofrimentos. Para o bem da população, se o Ministério Público pediu, e vamos aguardar a decisão do Judiciário, mas o governo hoje tem o que dizer que para o bem da população é melhor que tenha a intervenção e que continue até quando eles acharem que é pertinente”, avaliou.
Questionado se haveria a possibilidade de uma prorrogação até o final da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Mendes disse que não cabe ao governo e que a decisão é do Judiciário e dos órgãos que estão acompanhando os trabalhos realizados como o próprio Ministério Público e o Tribunal de Contas de Estado, que fiscalizam de perto as ações da intervenção. “Mas para o bem da população é melhor que essa equipe competente, séria, porque o que estamos fazendo é trabalhar com seriedade, com competência e honestidade e o resultado está aí aparecendo”, reforçou.
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