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06/06/2023 às 19:13 | Atualizada: 06/06/2023 às 19:15

Projeto de Lei para evitar apagamento da história de MT é aprovado na CCJ e vai a plenário

Gabriella Arantes e Jardel P. Arruda

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, na tarde desta terça-feira (6), o Projeto de Lei 810/2023, com objetivo de evitar o apagamento da história de Mato Grosso, como a alteração de nomes de bens públicos usados para homenagear personagens históricos. 

A proposta, de autoria do deputado Júlio Campos (União),  surgiu principalmente para contrapor o movimento da troca de nomes de escolas estaduais regulares transformadas em escolas militares. 

O documento pode ser apreciado no plenário da AL na sessão desta quarta-feira (7). “Sem dúvida alguma, amanhã, eu acredito que o plenário vai manter esse nosso projeto. [...] Não é nada contra escolas militares, pelo contrário, sou a favor e acho que faz um bom trabalho em prol da educação, da juventude mato-grossense, mas, infelizmente, não se pode 'desomenagear'. A história de Mato Grosso precisa ser preservada, eu acredito que, a partir de agora, com essa minha lei, vai ter muita dificuldade em fazer mudanças”, afirmou Júlio, nesta terça-feira (6). 

O deputado apoiado pelo colega Wilson Santos (PSD) já havia avisado que apresentaria esse PL em decorrência da troca de nomes das escolas estaduais Nadir de Oliveira e Licínio Monteiro, ambas em Várzea Grande, atualmente com nomes que homenageiam policiais militares.

Para Wilson, mudar o nome das instituições é uma falta de respeito. “Ninguém é contra escola militar aqui, eu tive um filho que estudou em escola militar. Meu filho Elton foi expulso de lá, porque reprovou. [...] Agora tirar o nome de uma professora, ainda mais uma educadora... Quem tem autoridade para trocar o nome de uma professora? É uma falta de respeito do coronel e de quem quer que seja. É um irresponsável, uma molecagem o cara fazer um trem desse. Uma professora que lecionou 50 anos, formou gerações e gerações. Morreu pobre e a única coisa que deixou foi o nome de uma escola e aparece alguém para arrancar esse nome”, concluiu, referindo-se à Nadir de Oliveira.
 
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