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05/07/2023 às 18:02 | Atualizada: 05/07/2023 às 18:04

Gisela pretende focar no direito do consumidor e adotar postura independente na Câmara

Da Redação - Renan Marcel / De Brasília - Jardel P. Arruda

Prestes a finalmente assumir o cargo de deputada federal, Gisela Simona afirma que irá adotar uma postura independente na Câmara durante os quatro meses em que substituir Fábio Garcia, que agora comandará a Casa Civil em Mato Grosso. Ambos são do União Brasil, mas o titular é centro-direita, enquanto a suplente já foi filiada ao Pros, de centro-esquerda.

Gisela diz que a independência vem desde o período eleitoral e que nunca foi radical ao se posicionar, o que lhe garante tranquilidade para ter um mandato com foco nas questões relativas ao direito do consumidor. O União Brasil faz, oficialmente, parte da base de sustentação ao governo federal, embora os membros do partido no Congresso não estejam tão fiéis à aliança. 

"Nós temos uma postura independente. Eu tenho muita tranquilidade de não ter batido a bandeira de nenhum dos dois, nem Lula [PT] e nem Bolsonaro [PL]. Então, estou muito independente, focando no povo, para fazer um mandato realmente representativo", disse a, ainda, superintendente do Procon. 

Questionada sobre o fato de já ter sido filiada ao Pros, mais à esquerda, e o fato de o PT estar no poder atualmente, Gisela enaltece o centro, onde atualmente diz se sentir bem politicamente. "Há uma crítica muito grande ao centro, né? Mas eu nunca fui radical nas minhas proposições. Então eu não me considero nesse radicalismo e nem de esquerda nem de direita. Eu consigo aceitar muito bem as duas bandeiras, desde que seja bom para o Brasil", argumenta. 

A chegada de Gisela à bancada federal mato-grossense traz para o grupo o reforço aos nomes femininos. Dos 11, quatro passam a ser mulheres: Gisela, Amália Barros, Coronel Fernanda, ambas do PL, e a senadora Margareth Buzetti (PP). A novata afirma que já recebeu as boas-vindas de Amália, com quem conversou sobre a possibilidade de apresentar um projeto conjunto voltado às mulheres. 

Gisela ressalta ainda que o foco dos seus quatro meses de mandato serão as questões relativas aos direitos dos consumidores, setor que domina profissionalmente. Um dos exemplos citados é a internet móvel, alvo da CPI da Telefonia na Assembleia. "Entendo que este assunto é resolvido no âmbito federal. A internet móvel no Brasil não é considerada e isso é fundamental para a universalização do serviço. A empresa hoje coloca a antena onde dá mais lucro e com a universalização é obrigado a ter em todos os lugares". 
 
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