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13/07/2023 às 10:39 | Atualizada: 13/07/2023 às 10:41

Em plenário, Abilio afirma que está sendo cobrado por amigos homossexuais e quer punição de acusadores

Jardel P. Arruda

O deputado federal Abílio Brunini (PL) usou o plenário da Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira (12), para pedir celeridade nas investigações sobre a acusação de transfobia contra ele, bem como a punição dos denunciantes, os quais, segundo ele, têm realizado uma campanha caluniosa.  

“Eu quero pedir respeito. Respeito. Eu sou arquiteto, tenho inúmeros amigos homossexuais. Inúmeros. Sou arquiteto. Não vou admitir, quero a penalização e quero a célere apuração da polícia o mais rápido possível”, disse Abílio. 

“Essa é a estratégia deles [se referindo ao PT e ao PSOL], se aproveitar de uma causa que é muito séria. A causa da homofobia, a causa da transfobia é muito séria no nosso país. São assuntos muito sérios, assuntos delicados, não podem ser usados desta forma”, completou. 

Por outro lado, a deputada Erika Hilton (PSOL) o rebateu dizendo que ela mesma não precisou procurar a imprensa para dar repercussão ao caso. Para ela, a situação ganhou holofote por se tratar de um suposto posicionamento contrário à opinião pública de forma geral.

“O parlamentar disse aqui que eu fui aos jornais, às mídias. Eu não dei nenhum tipo de entrevista. Eu não precisei me colocar nesse papel, exatamente porque o comportamento que ocorreu ontem na CPMI, ele vai contra exatamente a opinião pública. Foi a opinião pública baseada nas imagens, nos vídeos, que produziram matérias. Eu não falei com nenhuma imprensa, porque não tenho esta necessidade”, disse Herika.

O caso

Abilio foi acusado de ter feito declarações transfóbicas contra a deputada Erika Hilton (PSOL) durante a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do dia 8 de Janeiro. Segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e a senador Soraya Thronike (PODEMOS-MS), fora do microfone, o deputado de MT teria proferido declaração homofóbica. 

Como não há registro de voz do que Abílio falou no momento, visto que foi fora do microfone, o presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União-BA), solicitou à Polícia do Legislativo para investigar por meio de perícia de vídeo com leitura labial.
 
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