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21/07/2023 às 17:43 | Atualizada: 21/07/2023 às 17:44

Câmeras internas do Senado não confirmam fala transfóbica de Abílio

Leiagora

Laudo da Polícia do Senado aponta que as imagens do sistema de segurança eletrônica da Casa não cumprem os requisitos de resolução e nitidez para correta detecção das estruturas faciais do deputado Abílio Brunini (PL-MT), assim como não registram ou armazenam sinal de áudio, impossibilitando análises relacionadas à voz e à fala do parlamentar, acusado de transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSol-SP).

O Metrópoles teve acesso ao laudo, que ainda está sob sigilo, das imagens feitas na sessão da CPI dos atos golpistas, durante a oitiva do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tenente-coronel Mauro Cid, no dia 11/7.

Durante a sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que Brunini foi “homofóbico”: enquanto a deputada Erika Hilton (PSol-SP) falava, Brunini teria dito que ela estava “oferecendo serviços”. Após as discussões, o presidente da CPI, Arthur Maia (União-BA), informou que o caso seria investigado.

As imagens registradas pela TV Senado não mostram Brunini. Quanto à faixa de áudio armazenada no mesmo arquivo de mídia, após tratamento, constatou-se fragmento de fala que se assemelha aos termos “tem serviço”, porém de entendimento duvidoso, podendo variar conforme a compreensão de cada ouvinte.

Além disso, de acordo com o documento, considerando a baixa qualidade acústica do fragmento, bem como a reduzida quantidade líquida de voz, o material questionado resultou inadequado para realização de transcrição fonética.

No dia da sessão, Erika Hilton acionou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado, afirmando ter sido alvo de transfobia durante sessão da CPI. A deputada chegou a pedir a cassação do mandato do colega.


 
Metrópoles
 
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