07/08/2023 às 10:33 | Atualizada: 07/08/2023 às 10:35
Mauro diz que confia na PM e defende punição a eventuais falhas em abordagem policial
Renan Marcel
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou na manhã desta segunda-feira (7) que "o governo, sob hipótese alguma, vai passar a mão na cabeça de quem quer seja que cometa um erro". Mauro comentava o caso ocorrido no município de Cotriguaçu (a 954 km de Cuiabá) no último sábado (5), quando Thiago Graciote Moraes, de 29 anos, foi morto a tiros por um policial militar durante uma abordagem.
"Qualquer tipo de violência tem que ser recriminada. O governo não compactua com isso. Nós estamos aguardando e eu tenho a absoluta convicção de que a própria Polícia Militar, o Ministério Público e os órgãos competentes farão as investigações. Se alguém cometeu algum erro, essa pessoa tem que responder na forma da lei. O governo sob hipótese alguma, vai passar a mão na cabeça de quem quer seja que cometa um erro", comentou o governador à imprensa.
A Polícia Militar informou que determinou o imediato afastamento do policial militar envolvido na ocorrência em Cotriguaçu. "Eu confio muito na instituição da PM de Mato Grosso. Entretanto, lá nós temos mais de 7 mil cidadãos, profissionais e servidores e às vezes essas pessoas podem cometer falhas e se cometer vão ter que responder", ponderou.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 1h para atender uma solicitação do promotor de justiça sobre um som em volume alto na avenida Henrique Xavier. Ao chegar na Lanchonete Catarinense, os militares verificaram que a festa tinha acabado.
No local, a guarnição recebeu informações que na esquina haveria uma briga e que um dos envolvidos estaria de posse de uma arma de fogo.
A equipe se aproximou dos envolvidos e deram ordem para que eles colocassem as mãos na cabeça, mas dois deles, sendo um o Thiago, decidiram não obedecer.
Segundo a Polícia Militar, os ânimos estavam alterados e um dos suspeitos disse que não iria ser preso porque não era bandido. Já Thiago teria dito que ninguém iria por as mãos nele.
Imagens gravadas por uma testemunha mostram que em uma nova tentativa de abordagem, os envolvidos ignoram novamente os militares e saem andando pela avenida. Em seguida, o policial desfere chutes no amigo de Thiago, momento em que ele entra na frente e grita ‘atira, atira’, depois é possível ouvir o disparo.
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