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08/08/2023 às 11:25

Wilson tenta criar ambiente favorável para ida de Botelho para o PSD

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda

De malas prontas para deixar o União Brasil, o deputado estadual Eduardo Botelho tem buscado um destino partidário que permita a sua continuidade na base de sustentação do governo Mauro Mendes na Assembleia Legislativa. 

Ciente da condição, o deputado Wilson Santos, do PSD, afirma que vai defender essa possibilidade dentro da sigla. Atualmente o PSD e o União estão em grupos políticos antagônicos. O ex-tucano sinaliza para Botelho que a legenda presidida pelo senador Carlos Fávaro vai garantir a liberdade de atuação, como já o faz com o próprio Wilson e o deputado Nininho, permitindo que votem de forma favorável ao governo. 

"Mesmo saindo do União Brasil, ele quer se manter na base. Como chefe de um Poder, ele quer continuar colaborando com o desenvolvimento do estado. E nós estamos na torcida para que ele faça opção pelo nosso partido. Eu defendo que ele continue na base".

Wilson lembra ainda que as eleições municipais serão somente no próximo ano e as seguintes, em 2026 . "A questão do desenvolvimento do estado está acima das questões partidárias e das questões eleitorais. Nós temos divergências? Temos. Mas as eleições estão abaixo dos interesses do estado", garante Wilson. 

Ocorre que Botelho está saindo do União Brasil por não conseguir viabilizar seu projeto eleitoral para prefeito de Cuiabá dentro da legenda, sobretudo por conta do favoritismo do governador Mauro Mendes, que preside o União em Mato Grosso, pelo projeto do deputado federal e agora secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, aliado de primeira hora de Mauro. 

Sem espaço, ele analisa as propostas recebidas pelo PSD, Republicanos, MDB e PSB, entre outras legendas. Caso migre para o PSD, a permanência na base fica "ameaçada" logo ali em 2024, nas articulações dos dois grupos políticos.

O PSD, presidido pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tende a permanecer aliado ao grupo da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB. E em 2026, quando os cargos para senador e governo estiverem em disputa, os projetos dos dois grupos entram em rota de colisão. 

Mesmo defendendo a vinda de Botelho para disputar a prefeitura de Cuiabá, Wilson faz o alerta: "Nós temos divergências, mas não podemos repetir aqui a novela Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro". 
 
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