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10/08/2023 às 08:15

Gilberto reforça confiança em servidores da SES e garante que não há 'ninguém envolvido em corrupção'

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Após indiciamento de 22 pessoas investigadas durante a Operação Espelho, que apura fraude em contratos médicos nos hospitais do estado durante a pandemia da covid-19, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, garantiu que confia nos servidores da pasta e apenas dois funcionários citados no esquema foram exonerados há dois anos, justamente porque havia evidência de que não faziam um bom controle. 

“Exonerado só se tiver culpa. Aqueles que até o prezado momento foram citados terão o direito de se defender, mas não há evidência, a não ser que foi citado por uma pessoa e como temos certeza de que ela não fez nada errado, ela é mantida, governador que exonera e nomeia, e ele hipotecou a confiança nela. Ela trabalhou duro na pandemia e não seria justo condená-la sem direito à defesa”, afirmou Gilberto durante entrevista na manhã da quarta-feira (9).  

O gestor da Saúde do Estado destacou que o assunto está sob a tutela do Ministério Público e o governo irá aguardar os encaminhamentos para qualquer providência. “Enquanto isso estiver em apuração, não vamos condenar ninguém por antecipação até porque temos confiança nos servidores que atuam e que não tem ninguém envolvido em ato de corrupção”, afirmou.  

O secretário também preferiu também não polemizar sobre as declarações do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e alegou que todo gestor público é passível de investigação. “Não dá para levar em consideração a credibilidade de quem já passou por 17 operações, mas eu volto frisar, passível de investigação estamos todos nós gestores públicos, mas alguém tem que provar que tem algo irregular, mas é desconfortável e não é bom para o estado e nem para o município”, comentou.

Por fim, Gilberto ainda explicou que os contratos assinados durante a pandemia passaram por uma comissão criada pelo governo que analisava as demandas e as medidas adotadas pela Pasta. “Todos os atos realizados durante a pandemia foram respaldados por uma comissão, coordenada pelo governador, temos tudo registrado, não contratamos nenhum leito sem autorização dessa comissão, acreditamos que não tem ato ilícito, agora o governo não tem como controlar o que as empresas fazem em seu reduto, cabe a Deccor apurar. Em relação aos servidores, não eram de carreira, exoneramos, fiscal de contrato, diretor, não poderíamos esperar dois anos, mas se lerem esse processo não vai encontrar apontamento de que servidor tenha recebido propina”, afirmou Gilberto.
 
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